Dilma nombra otros 13 ministros: en Agricultura, una representante del agronegocio
Dilma anuncia Kassab, Katia Abreu e outros 11 novos ministros
Dilma anuncia 13 nomes para ministérios de seu novo mandato
Após amplas negociações com partidos da base aliada, a presidente Dilma Rousseff anunciou nesta terça-feira os titulares de 13 ministérios de seu segundo mandato.
Um dos mais polêmicos é o da senadora Katia Abreu (PMDB-TO), que será a nova titular da pasta de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Abreu já foi apelidada de «rainha da motoserra» e «miss desmatamento» pela ONG Greenpeace e tem um longo histórico de controvérsias com grupos ambientalistas e movimentos sociais.
A um ano e meio da Olimpíada, o PC do B perdeu para o PRB a pasta dos Esportes.
O atual ministro, Aldo Rebelo (PC do B – SP) passará para o ministério de Ciência e Tecnologia, sendo substituído nos Esportes por George Hilton (PRB-MG) que, segundo o site da Câmara, seria «radialista, apresentador de televisão, teólogo e animador».
Dilma indicou o atual governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), para ser o novo ministro da Educação no lugar de José Henrique Paim.
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT-BA), será o novo ministro da Defesa e Ricardo Berzoini passará da Secretaria de Relações Institucionais para a pasta das Comunicações.
O ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), fica com o ministério das Cidades e Eduardo Braga (PMDB), atual líder do governo no Senado, vai para a pasta de Minas e Energia.
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O novo titular da Pesca será Helder Barbalho (PMDB), filho do ex-governador do Pará, Jáder Barbalho – Helder chegou a concorrer à eleição para o governo paraense neste ano, mas perdeu para Simão Jatene (PSDB).
O PMDB vai ficar com um total de seis ministérios, um a mais que no primeiro mandato de Dilma.
Há algumas semanas Dilma anunciou que Joaquim Levy – secretário de Política Econômica durante o primeiro governo Lula – será o novo ministro da Fazenda e que Nelson Barbosa (ex-número dois do ministério) irá para o Ministério do Planejamento.
Dilma dá força ao PMDB ao indicar novos ministros
Dilma acomodou peemedebistas em seis ministérios: Agricultura, Pesca, Turismo, Aviação Civil, Portos e Minas e Energia. O PMDB ganhou em volume e qualidade, pois controlava cinco pastas e trocou a Previdência Social pela Secretaria de Portos, pasta com maior visibilidade política.
Com o anúncio desta terça, Dilma já definiu os ocupantes de 17 dos 39 ministérios. Seu segundo mandato terá início na próxima semana, com a posse quinta-feira (1º).
O objetivo do Palácio do Planalto com as indicações é ampliar sua interlocução com o Legislativo, uma das grandes dores de cabeça do primeiro mandato de Dilma. Os escolhidos, no PMDB e nos outros partidos aliados, têm mais respaldo de suas bancadas na Câmara e no Senado.
Dilma precisará de apoio no Congresso para aprovar medidas que sua nova equipe econômica estuda, como mudanças na Previdência Social e aumentos de impostos.
O PT perderá o controle do Ministério da Educação pela primeira vez desde a chegada do partido ao poder. O governador do Ceará, Cid Gomes (Pros), será o novo ministro. Aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva perderão espaço nos gabinetes do Palácio do Planalto.
Os petistas já tinham ficado contrariados com a escolha de Dilma para o Ministério da Fazenda, Joaquim Levy, um economista de perfil conservador que colaborou discretamente com os tucanos na campanha eleitoral.
O atual ministro das Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, está cotado para assumir as Comunicações, onde o PT quer tentar viabilizar um ambicioso projeto de regulação da mídia, mas sua indicação não foi confirmada.
O governador petista da Bahia, Jaques Wagner, que encerra seu mandato na semana que vem, será o próximo ministro da Defesa. Sua responsabilidade será coordenar as Forças Armadas, mas ele também quer influir em assuntos políticos e na coordenação do governo.
Dilma conseguiu atrair para sua equipe alguns nomes de destaque. Além de Cid Gomes e Jaques Wagner, que conseguiram eleger seus sucessores nos Estados, seus assessores apontam Kátia Abreu (Agricultura), Gilberto Kassab (Cidades), Joaquim Levy e o novo ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.
Na avaliação dos assessores, as mudanças deram densidade à equipe econômica, em comparação com o início do primeiro mandato de Dilma, em 2011, quando Guido Mantega estava na Fazenda.
No Palácio do Planalto, o petista Aloizio Mercadante seguirá à frente da Casa Civil e da coordenação do governo. Apesar do prestígio com a presidente, até petistas admitem que ele não tem a mesma influência no mercado e no meio empresarial que Antonio Palocci, o primeiro gerente de Dilma, afastado antes de fazer um ano no cargo.
O PT não perde sozinho com a formação da nova equipe de governo. O ex-presidente Lula deve ficar sem representantes de sua confiança no Planalto. Além da provável substituição de Berzoini na articulação política, Gilberto Carvalho deixará a Secretaria-Geral da Presidência, dando lugar a Miguel Rossetto.
O deputado Pepe Vargas (RS) é cotado para o lugar de Berzoini. Ele e Rossetto são de uma corrente ideológica menos expressiva no PT, a Democracia Socialista, que não se alinha com a cúpula do partido e os aliados de Lula.
Apesar de contemplado com mais ministérios, o PMDB deve continuar criando dificuldades para Dilma no Congresso, onde ela terá de lidar com a influência do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está em campanha para ser o próximo presidente da Câmara e é visto como um aliado distante do Planalto.