Brasil al balotaje: Dilma defiende empoderamiento de las mujeres y Aécio dice que va a libertar al país
A candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), ressaltou nesta quarta-feira (22), em coletiva de imprensa em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a importância de sua eleição para o apoderamento das mulheres. Citando programas sociais já implementados nos últimos 12 anos, que têm as brasileiras entre a maior parcela dos beneficiados, ela defendeu a importância da construção da Casa da Mulher em diversos estados, para reforçar a autonomia das mulheres para além do direito ao trabalho e à educação.
Com a voz já fraca de quem chega ao fim de uma campanha eleitoral, Dilma se esforçou para apontar a importância dos programas sociais. «Eu estou fazendo essa grande caminhada com as mulheres, eu tenho consciência da importância que foi a minha eleição para as mulheres no Brasil. Acho que a minha eleição afirmou o poder das mulheres brasileiras de fazer e de ser. No meu governo, eu quis transformar a situação das mulheres e mostrar que as políticas sociais podem ser direcionadas para a mulher.»
Do Bolsa Família, 93% das pessoas que recebem o cartão são mulheres, no Minha Casa Minha Vida, são quase 70%, que tem a titularidade do imóvel da Faixa 1, destacou a presidente, lembrando ainda da política de micro e pequenas empresas, que também beneficiou as brasileiras. «Agora, a parte mais importante da política foi um debate sistemático da violência que vitima a mulher no Brasil. Nós não podemos compactuar com isso, tanto do ponto de vista dos direitos humanos, mas, sobretudo, do ponto de vista da afirmação da democracia no Brasil».
Para Dilma, as mulheres têm prioridade no que se refere ao combate à violência. «É sobre ela que recai a violência, fundamentalmente, doméstica, ou de parentes, ou de amigos, ou de conhecidos. E isso é muito ruim para o país, para as famílias, para as crianças. O combate à violência é uma prioridades do meu governo», disse.
O grande projeto de seu governo nesse sentido, informou a candidata, seria a Casa da Mulher Brasileira, em construção nos estados do país, que deve reunir diferentes órgãos que combatem a violência que vitima a mulher. Este combate, no entanto, completou, deve incluir o acolhimento e o reforço da autonomia da mulher junto com outros programas relacionados à educação e ao trabalho, como Pronatec, que tem 52% dos matriculados mulheres.
«Não vamos deixar este país voltar para trás. Todo o governo, o meu e do Lula, foi um governo que teve como centro as pessoas, como centro a melhoria de vida das pessoas. Eu sei que você sabe o quanto batalhou, lutou, para conseguir mudar de vida. Isso é vitória sua, sim. É sua. Mas tem um aspecto, no passado você lutava também para melhorar de vida. Nós criamos as oportunidades para as pessoas mudarem de vida. Eu vou continuar criando», declarou a candidata.
No último domingo (19), a candidata comentou em coletiva de imprensa que o candidato da oposição, Aécio Neves (PSDB), tem que «aprender a respeitar as mulheres». Aécio chamou Luciana Genro (Psol) e Dilma Rousseff de levianas, durante diferentes debates na TV, depois que as duas mencionaram a construção de um aeroporto em Minas, cuja chave teria sido entregue a um tio seu. Lula chegou a se pronunciar sobre o caso no último sábado (18), dizendo que o comportamento de Aécio seria típico não de um candidato, mas, sim, de «um filhinho de papai». “Eu não sei se ele teria coragem de ser tão grosseiro se o adversário dele fosse um homem”, disse o ex-presidente.
Após receber uma faixa da Acadêmicos da Grande Rio, com os dizeres «Diga não à violência contra a mulher», a presidente participou da «Caminhada das mulheres de coração valente com Dilma», que percorreu uma das principais ruas do Centro de Caxias, acompanhada de milhares de militantes e moradores da região. No mesmo carro que transportava a presidente, estavam políticos como Cidinha Campos e Paulo Melo, eleitos deputados estaduais, Jandira Feghali e Benedita da Silva, eleitas deputadas federais, o prefeito do Rio Eduardo Paes, e o ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco.
Na ocasião, a presidente aproveitou para se comprometer com uma solução para a falta d’água na Baixada. «Água, aqui, não vai faltar, nós vamos mudar essa realidade».
Aécio diz que vai libertar o Brasil como Tancredo libertou o país da ditadura
Em um comício realizado numa praça da região central da capital mineira, o candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, disse que no próximo domingo vai “libertar o Brasil como fez Tancredo Neves há 30 anos, quando libertou o país da ditadura”. Cercado de políticos mineiros, Aécio se comparou ao avô no desafio de devolver o país a um governo mais democrático. Tancredo liderou o processo de redemocratização e a campanha das “Diretas Já”. Escolhido presidente, por voto indireto, no Colégio Eleitoral, Tancredo morreu antes de assumir.
— São pouquíssimos dias que nos separam da libertação do Brasil. Porque, se há 30 anos atrás, o pai de minha mãe, o presidente Tancredo Neves nos libertou da ditadura, e eu vou libertar o Brasil de um grupo que se apropriou do poder em benefício de de um pequeno grupo e em detrimento dos interesses maiores da nossa gente. Não venho para dividir, venho unir esse país em torno de valores como os da ética e da honradez — disse Aécio Neves.
Ele lembrou ainda do ex-presidente, também mineiro, Juscelino Kubitschek.
— Sempre que a dificuldade é grande, o Brasil descobre em Minas o líder para conduzir as mudanças. Foi assim com Juscelino Kubitschek há 50 anos. E há 30 anos coube a outro mineiro nos conduzir à liberdade e à democracia. E quase como a construção do destino, outros 30 anos se passaram e e estou aqui com os mesmos valores, a mesma coragem, a mesma determinação para governar o Brasil — discurso o tucano.
Aécio disse que está nas mãos do eleitor eleger um novo governante, com um novo projeto para o país.
— Vamos dizer não à corrupção e ao desgoverno. Vamos convencer o indeciso e virar o voto contrário e mostrar que Minas não se curva à mentira e à ofensa. Alguns não acreditam, mas minha maior vitória será em Minas. Minas é minha casa, minha causa, minha vida — disse Aécio, com voz rouca, durante o comício.
Numericamente atrás nas últimas pesquisas, Aécio pediu que cada um “arregace as mangas” e tente virar o voto dos indecisos.
— Neste próximo domingo, estaremos escolhendo o país no qual queremos viver. Se no Brasil que respeita sua história e que constrói o seu futuro. Ou nesse país da vergonha, da mentira, do achincalhe e das ofensas em que se transformou a campanha da nossa adversária — disse o tucano, criticando a adversária Dilma Rousseff (PT).
Ele reclamou dos ataques que têm sofrido.
— Nossa história é de dignidade e honradez. Ninguém viu nessa campanha eleitoral o que eu vi, a energia que eu senti. Sou hoje um vitorioso, mas no domingo serei mais do que vitorioso. Peço a vocês: faltam apenas poucos dias. Vamos arregaçar as mangas, de cabeça erguida.
Pouco antes, o senador eleito Antonio Anastasia (PSDB) reclamou dos ataques a Aécio, especialmente desferidos pelo ex-presidente Lula.
— Vamos calar a boca daqueles que vem aqui falar baixarias — disse Anastasia.
O cantor Fagner, presente no comício, disse que o Nordeste estava com Aécio.
Tem gente que acha que é dono do Nordeste — alfinetou o artista.
Durante o comício, os cantores sertanejos acabaram descumprindo a legislação eleitoral. O cantor César Menotti —da dupla César Menotti e Fabiano — cantou o jingle da campanha, enquanto o clipe passava no telão. A legislação proíbe a realização de showmícios, com a apresentação de cantores.
Vários artistas estavam no palco, assim como Pimenta da Veiga, que perdeu a eleição estadual para Fernando Pimentel (PT). Confiantes, esta foi a primeira vez que o PSDB realizou o comício na Praça da Estação.
Calendário eleitoral: termina prazo para a realização de comícios
Hoje (23) é o prazo final para que candidatos que ainda estão na disputa eleitoral no segundo turno possam promover reuniões públicas ou comícios. A regra está prevista no Código Eleitoral e na Lei nº 9.504/97, conhecida também como Lei das Eleições.
Amanhã (24), irão ao ar as últimas propagandas eleitorais gratuitas no rádio e na televisão. Esse também é o prazo final para a divulgação paga de propaganda eleitoral na imprensa escrita e para a realização de debates, que não devem ultrapassar a meia-noite. Os presidentes das mesas também devem comunicar até esta sexta-feira que não receberam o material destinado à votação.
As propagandas feitas com alto-falantes ou amplificadores de som estão permitidas até sábado (25), véspera da votação, entre as 8h e as 22h. A distribuição de material gráfico, a realização de caminhadas, passeatas e carreatas, além da divulgação de jingles ou mensagens dos candidatos por carros de som podem ser feitas também até as 22h.
No segundo turno das eleições, previsto para o próximo domingo (26), 143 milhões de eleitores elegerão o presidente da República e os governadores de 13 estados e do Distrito Federal. Apesar do horário de verão nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a votação será feita das 8h às 17h, obedecendo o horário local.
Com o horário de verão, o Acre passou a ter três horas a menos em relação ao horário de Brasília. Por isso, a divulgação dos números das eleições para presidente da República começará às 20h de Brasília. Os resultados para governador nos 13 estados e no DF serão conhecidos logo após o encerramento da votação.