Elecciones en Brasil: ministros se toman licencia para meterse de lleno en la campaña de Dilma
OFICIALISMO SUBE APUESTA Y ENVÍA MINISTROS A HACER CAMPAÑA POR DILMA
El comité de campaña de la presidenta y candidata a la reelección Dilma Rousseff será reforzado con la participación de altos dirigentes del Partido de los Trabajadores (PT), entre ellos varios ministros.
A partir de la semana próxima los ministros de Relaciones Institucionales, Ricardo Berzoini, de la Secretaría General de la Presidencia, Gilberto Carvalho, y de Desarrollo Agrario, Miguel Rossetto, se apartarán de sus labores en el Ejecutivo para integrarse a la campaña por la reelección.
Según informa Folha de S. Paulo, los ministros dejarán sus cargos temporalmente, tomando vacaciones o por medio de licencia, pero sin cobrar sus salarios, ya que por la estricta normativa local el ejercicio de cargos gubernamentales sería incompatible con sus labor militante.
Gilberto Carvalho asumirá la responsabilidad de dialogar con los movimientos sociales.
La inclusión de los ministros en el equipo de campaña oficialista se decidió después que la candidata del Partido Socialista Brasileño (PSB), Marina Silva, creciera hasta el punto en pelear el favoritismo a Dilma en las encuestas de intención de voto.
Según las encuestas Datafolha e Ibope divulgadas el miércoles, Marina vencería a la presidenta Dilma en segunda vuelta.
No rádio, Marina se compara a Lula ao comentar ataques de rivais
Nos programas eleitorais desta quinta-feira (4), os principais candidatos à Presidência da República reagem e usam suas estratégias após a divulgação das últimas pesquisas de intenção de voto. A candidata Marina Silva (PSB) criticou os ataques dos concorrentes e fez uma menção a Lula. “No rádio e na TV, os adversários de Marina partiram para o ataque. Mas Marina está vacinada contra ataques”, disse uma voz em locução. Em seguida, Marina fala:
«Eu vi muita gente desqualificando o Lula. O intelectual tinha que dar o aval para o operário se colocar como presidente da república. Esqueceram muito rápido do que nós tivemos que passar, mas eu não esqueci, o povo brasileiro não esqueceu», disse a candidata.
O programa de Dilma Rousseff (PT) usou falas do debate entre os presidenciáveis, passando a mensagem de que “Dilma é candidata mais preparada e mais segura”. O programa mostra uma gravação do debate na qual Dilma critica o valor total das promessas de Marina, e ainda o fato de o programa do PSB «ter uma linha sobre o pré-sal». O programa da petista destaca que a base de apoio de Marina Silva «tem hoje 33 deputados”, e que é preciso 129 no mínimo para garantir a governabilidade na Câmara.
«Duas vezes na nossa história o Brasil elegeu salvadores da pátria, membros do “partido do eu sozinho”, e a gente sabe como isso acabou», disse a locução no programa da Dilma.
O programa de Aécio Neves (PSDB) usou a gravação na qual o tucano se apresenta como opção de mudança mais segura que a ex-senadora.
«É preciso ter equipe, ideias testadas e, principalmente, força política», diz Aécio. Aliados como Beto Richa e José Serra gravaram mensagens pedindo votos para o tucano. «Aécio é a força que o Brasil precisa para melhorar, para mudar para voltar a crescer — afirmou Richa.
LULA: «VAI SER O 2º TURNO MAIS LONGO DA HISTÓRIA”
O segundo turno começou antes da hora, em pleno primeiro turno. Isso acontece porque o PSB, com a ex-ministra Marina Silva como candidata, não conseguiu se impor como a ‘terceira via’ imaginada pelo ex-governador Eduardo Campos. Como se vê pelo programa de governo apresentado pelos socialistas, a ser executado, em caso de vitória, por Marina, as diferenças com o ideário do PSDB são mínimas. A ponto de o candidato tucano Aécio Neves ter reclamado de Marina que fizesse ao menos uma referência aos parágrafos copiados da plataforma dos social-democratas.
– Ela poderia ao menos ter atribuído a autoria ao ex-presidente Fernando Henrique, ironizou Aécio.
O ex-presidente Lula, como registra a colunista Tereza Cruvinel em seu blog associado ao 247, notou que «este será o segundo turno mais longo da história». Exatamente porque não há uma terceira via, mas apenas duas: a do PT e a do anti-PT, agora melhor encarnado por Marina do que por Aécio. Acompanhe a reflexão da jornalista:
Tudo mudou, nada mudou
Marina destronou Aécio mas os polos em confronto são os mesmos
Pronto. Duas pesquisas mostraram que Marina Silva parou de crescer mas consolidou-se como adversária da presidente Dilma para o segundo turno. Identificada a barreira de votos sólidos de Dilma e do PT – 74% de seus 35% de votos não admitem mudar de candidato – está claro que o furacão Marina arrasou o quarteirão eleitoral tucano, tomando-lhe boa parte do eleitorado. Segundo o Datafolha, 70% de seus 34% de eleitores também declaram-se decididos a votar nela. No frigir dos ovos, Marina não quebrou a polarização PT-PSDB, como desejava Eduardo Campos. Ela apenas substituiu o tucano na velha e conhecida polarização entre dois Brasis: os mais pobres, menos escolarizados e despossuídos que desejam a continuidade do projeto representado pelo PT, contra os mais escolarizados, remunerados e influentes das altas classes médias e segmentos da elite propriamente dita, empenhados, mais do que em outras eleições, em tirar o PT do governo central.