Elecciones en Brasil: Dilma recibe el apoyo de intelectuales y artistas, de los Sin Tierra y de médicos
Artistas e intelectuais fazem ato em apoio à reeleição de Dilma Rousseff
Intelectuais, cientistas, lideranças sociais, religiosas, políticos e artistas, ao lado do ex-presidente Lula, lotaram o Teatro Oi Casagrande, na Zona Sul do Rio de Janeiro, em ato de apoio à candidatura de Dilma Rousseff à presidência. Reforma política e maiores investimentos em cultura e educação, principalmente relacionados à valorização dos professores, e necessidade de continuação dos avanços conquistados dominaram os discursos.
Evento semelhante foi realizado em 2010, perto da realização do segundo turno. Quatro anos depois, por volta das 21h desta segunda-feira (15), teve início o ato de apoio à reeleição. No palco do teatro carioca, na primeira fileira, figuras como Leonardo Boff, Chico César e Marilena Chauí sentaram ao lado de Lula e Dilma, seguidos logo atrás por dezenas de artistas e intelectuais como Elza Soares, Otto, Alcione e Beth Carvalho. Mais de mil pessoas acompanharam o evento, que durou cerca de três horas, do lado de fora do local.
“Não vamos voltar para trás, e faremos isso investindo em educação qualificada, para todos, e colocando a cultura dentro da nossa estratégia de crescimento e desenvolvimento econômico. Não queremos só obras, queremos utopias. Não queremos só vantagens materiais, queremos nos compreender”, disse Dilma. «Vamos colocar a Cultura dentro da nossa estratégia de crescimento econômico”, salientou.
Primeiro, no entanto, conforme frisou o ex-presidente Lula, é preciso fazer a reforma política. Ele enumerou a partir deste ponto uma série de medidas necessárias para a continuidade de transformações. Com críticas à grande imprensa, ao próprio partido e ao discurso dos candidatos de oposição, o ex-presidente buscou apresentar a importância do novo olhar às camadas mais pobres e de um possível fim dos financiamentos privados de campanhas políticas.
‘Nós temos uma pobreza histórica que nós temos que recuperar», disse, apontando como saída o maior acesso dos brasileiros à educação, e dando como exemplo o número de brasileiros em universidades, inclusive em instituições do exterior, a partir de programas como o Ciência sem Fronteiras. Enquanto antes o discurso predominante na sociedade brasileira era que «pobre nasceu para ser pobre» e de que era possível traçar o nível de escolaridade de uma pessoa a partir da cor de sua pele, por exemplo, «a não ser que se tratasse de filho de jogador de futebol ou de artista famoso», hoje já não é mais possível se basear em tais critérios, acredita o ex-presidente.
Sobre a candidata à presidência que disputa a corrida eleitoral com Dilma Rousseff, Lula comentou: «Eu tenho dito pra todo mundo que eu não vou falar mal da Marina. Agora, hoje eu não falei mal dela, eu apenas falei que governar este pais é tão importante que é um cargo que não deve ser terceirizado. A gente tem que decidir a cada hora, você não tem tempo de ficar processando, processando. Tem uma hora que tem que tomar decisão», criticou, falando ainda sobre a necessidade de se governar com uma base aliada e sobre a principal qualidade de Dilma Rousseff que o conquistou, a lealdade.
«Com a capacidade de elaboração da Dilma, eu nao conheco ninguém igual. (…) Muita gente diz que ela é durona, mas hoje, no Brasil, não tem ninguém com a qualidade dessa companheira para enfrentar esse mundo perverso que está aí, com a crise econômica.»
O teólogo Leonardo Boff, um dos que lideram o manifesto em prol da candidatura da petista, o cantor Chico César e a filósofa Marilena Chauí destacaram as mudanças promovidas desde a entrada do Partido dos Trabalhadores no poder.
Para a filósofa Marilena Chauí, a Eleição deste ano convoca os intelectuais, artistas e cientistas a se posicionarem em defesa de um projeto que transformou o Brasil. “Corremos o risco de uma aventura regressiva. Que essa aventura não venha como um tsunami destruir o que construímos nos últimos anos”, destacou.
O teólogo Leonardo Boff também comentou sobre a revolução que os governos Lula e Dilma promoveram no Brasil nos últimos 12 anos. “Lula e Dilma fizeram uma revolução pacifica e democrática que nunca houve no nosso país. Atenderam às aspirações nunca atendida de um povo. Estas conquistas de 12 anos devem ser assumidas por todos nós, que devemos lutar para conservá-las e enriquecê-las”, disse, sinalizando ainda a necessidade de investimento na Cultura.
«Há pessoas por aí lançando borboletas fantasiosas, mas que se esquecem de plantar as flores para que as borboletas venham. Lula e Dilma plantaram esse jardim para que viessem as borboletas verdadeiras e não as virtuais», completou Boff.
O manifesto intitulado «A Primavera dos direitos de todos: ganhar para avançar», que já circulava na internet com nomes como Luis Fernando Veríssimo, Frei Beto, Paulo José e Flávio Aguiar, abriu o evento. «Nós consideramos que nunca o Brasil havia vivido um processo tão profundo e prolongado de mudança e justiça social, reconhecendo e assegurando os direitos daqueles que sempre foram abandonados», diz um dos trechos do documento. «Abandonar esse caminho para retomar fórmulas econômicas que protegem os privilegiados de sempre seria um enorme retrocesso.».
Em seu discurso, Dilma se comprometeu a usar a Cultura para promover Educação e fortalecer a economia brasileira. “A cultura faz parte da nossa projeção de nação». De acordo com ela, o setor pode ser beneficiado pelo Pré-Sal, pelo programa Brasil de Todas As Telas, lançado neste ano para estimular a produção de conteúdos nacionais de audiovisual, e pelo subsídio a projetos culturais pelo BNDES. “Não tem como fazer sala de cinema com o prefeito pagando juros de mercado. E ainda tem gente querendo acabar com o subsídio federal”, comentou.
A educação brasileira, que foi colocada como principal beneficiada pelos futuros frutos do pré-sal, também deve receber maior atenção, disse a candidata, com os professores recebendo um salário adequado.
Dilma também aproveitou para ressaltar sua crítica à proposta da campanha de Marina Silva em relação ao Banco Central: «É estarrecedor que se coloque a independência do Banco Central como um objetivo de governo.»
LÍDER DE LOS SIN TIERRA PROMETE PROTESTAS DIARIAS SI GANA MARINA
Médicos lançam manifesto de apoio à candidatura de Dilma Rousseff
Na última sexta-feira (12), um grupo de médicos das mais diversas áreas apresentou um manifesto de apoio à candidata à presidência da República, Dilma Rousseff. Mais de 350 profissionais assinam o documento que elenca diversos pontos que justificam o apoio à candidata.
Um dos pontos positivos levantados pelos signatários diz respeito à promulgação da lei do programa “Mais Médicos”, que proporcionou, na avaliação dos mesmos, uma ampliação do acesso ao atendimento médico à população, bem como a ampliação do envolvimento dos serviços de saúde na formação de jovens médicos e o acesso ao ensino superior.
Outro ponto de destaque foi a disposição da presidenciável em promover a Reforma Política “com o apoio ao ‘Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político’ que colheu votos de 1º a 7 de setembro em todo o país e já aponta para um novo cenário na luta dos movimentos sociais nos próximos períodos”.
SONDEO VOX POPULI: DILMA TIENE 36%, MARINA 27% Y AÉCIO 15%
La presidenta Dilma Rousseff amplió a nueve puntos su ventaja respecto a su principal rival electoral, la ambientalista Marina Silva, para los comicios generales del 5 de octubre, según la encuesta del instituto Vox Populi publicada en la noche de este lunes.
La mandataria tiene 36%, contra 27% de Marina y 15% del socialdemócrata Aécio Neves.
En una simulación para una segunda vuelta, la situación es de empate técnico: Marina Silva obtendría 42% de los votos y Dilma el 41 por ciento, con sin cambios respecto a una encuesta previa del mismo instituto.
Ni denuncias de corrupción en la petrolera estatal Petrobras han golpeado de forma significativa al oficialismo, ni los ataques del Partido de los Trabajadores (PT) a Marina han surtido efecto para desbancarla de su favoritismo como rival de Dilma para una segunda vuelta.
En una eventual disputa entre Dilma y el senador socialdemócrata Aécio Neves, la candidata del PT ganaría por 47 a 36 por ciento.
Para elaborar la encuesta, Vox Populi entrevistó a 2.000 personas entre el sábado y el domingo en 147 ciudades. La encuesta tiene un margen de error de dos puntos porcentuales.
Campanha de Marina critica modelo do PT para explorar pré-sal
Uma das principais bandeiras do governo do PT, o modelo de exploração do petróleo do pré-sal foi alvo de críticas da campanha da candidata Marina Silva (PSB).
Em encontro com empresários em São Paulo, nesta segunda-feira (15), o coordenador da campanha, Walter Feldman, fez críticas ao marco regulatório do pré-sal e chamou a política de conteúdo local de «doutrinária».
Aprovado em 2010, durante o governo Lula, o regime de partilha determina que a exploração de todas as áreas do pré-sal seja controlada pela estatal. A Petrobras tem que ser sócia com, no mínimo, 30% de cada área. O objetivo é garantir que a riqueza seja extraída por uma empresa brasileira.
O problema é que a estatal está numa situação financeira ruim, provocada pelo represamento do preço da gasolina e pelo aumento das importações do combustível.
Ela tem a maior dívida entre as petroleiras do mundo e por isso não consegue aumentar seus investimentos, travando o setor. Grandes empresas globais de petróleo, como Shell, BP e Statoil, têm investimentos no Brasil.
«A própria Petrobras se diz com dificuldades de responder a essa demanda», disse Feldman. «É a operadora única e, ao que parece, discorda disso, o que é inédito.»
Nesta segunda-feira, o presidente do Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP), João Carlos De Luca, também criticou o monopólio da Petrobras na exploração do pré-sal.
«A figura do operador único não é benéfica para a Petrobras nem para a indústria brasileira. Precisamos de multiplicidade de atores.»
Para o setor, ao permitir que outras empresas operem, o governo atrairia mais investimentos. Segundo o IBP, o pré-sal receberá R$ 1 trilhão em investimentos até 2020.
Emissários de Marina se encontraram com executivos do setor na semana passada. Segundo Feldman, eles se queixaram da política de conteúdo local –60% dos componentes feitos no Brasil.
Ele indicou que a exigência tem que ser alterada. «Interessa muito o desenvolvimento brasileiro, mas não pode ser de caráter doutrinário, imaginando que nós temos a capacidade de responder a tudo», afirmou.