Elecciones en Brasil: Dilma critica vínculos económicos de Marina: “no tengo un banquero que me apoye”

365

elecciones brasil 2014

DILMA A MARINA: “NÃO TENHO BANQUEIRO ME SUSTENTANDO”

A proposta de independência do Banco Central da candidata Marina Silva (PSB) rendeu um bate-boca entre ela e a presidente Dilma Rousseff nesta terça-feira 9. Depois de um comercial da campanha do PTter acusado Marina de dar aos banqueiros um poder de decisão de presidente e do Congresso, Marina rebateu dizendo que Dilma foi quem beneficiou os bancos em sua gestão, criando o «bolsa banqueiro».

No final desta tarde, a candidata à reeleição alfinetou a adversária, que tem como coordenadora de seu programa de governo Neca Setubal, herdeira do Itaú, e recentemente ganhou voto declarado do presidente da instituição financeira, Roberto Setubal. «Não adianta querer falar que eu fiz bolsa banqueiro. Eu não tenho banqueiro me apoiando. Eu não tenho banqueiro, você entende, me sustentando», atacou Dilma Rousseff.

A petista voltou a criticar a proposta de independência do Banco Central de Marina. «O Banco Central, como qualquer outra instituição, não é eleito por tecnocrata nem por banqueiros», mas por «quem tem voto direto. E o que o Congresso faz com o Banco Central? Chama e manda prestar contas», disse.

Ela fez depois referência direta ao programa da presidenciável pelo PSB: «eu não digo isso porque sonhei com isso, está escrito no programa: autonomia do Banco Central e todo mundo sabe o que é autonomia do Banco Central». Segundo Dilma, se autônomo, o Banco Central vai tomar decisões como definir a taxa de juros e a política de créditos «sem prestar contas ao Executivo e nem sequer ao Legislativo».

Fuente Brasil 247

 

Marina, com campanha coordenada por herdeira do Itaú, critica lucro dos bancos

A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, reforçou hoje (9) em Belo Horizonte críticas à política econômica do governo Dilma Rousseff (PT), sua maior adversária na corrida pelo Palácio do Planalto. E voltou a defender a primazia do tripé macroeconômico, que jamais foi abandonado desde a ascensão de Lula, como forma de oferecer “tranquilidade” aos mercados e atrair investimentos.

A ex-senadora também criticou os “juros elevados” praticados no país e, em resposta às insinuações de que entregará o Brasil aos bancos, lembrou dos “lucros excessivos” obtidos pelas instituições financeiras durante as administrações petistas. Marina ainda reafirmou sua defenda de um Banco Central autônomo, dizendo que, com isso, irá retirá-lo da influência do PT para devolvê-lo aos brasileiros. E sugeriu que com Dilma a inflação pode voltar aos tempos anteriores ao Plano Real.

“A autonomia do Banco Central é para que esteja a serviço dos brasileiros, não de um grupo ou partido. Isso é fundamental para que se controle inflação e para que se tenha credibilidade para o país voltar a crescer”, assegurou Marina, afirmando que, com Banco Central autônomo, não será o mercado, mas o povo, quem controlará a política econômica do Brasil. Em seu programa de governo, a candidata defende “institucionalizar” a autonomia do Banco Central, uma das principais reivindicações do mercado financeiro, com mandato fixo para seu presidente.

A questão foi tratada pela primeira vez por sua coordenadora-geral de campanha, a socióloga Neca Setúbal, herdeira do Itaú, que afirmou que a questão será tratada por meio de projeto de lei. Presidente e diretores do Banco Central teriam mandato de seis anos, frente a quatro do presidente da República, e a demissão só ocorreria em casos de extrema gravidade, como denúncias comprovadas de corrupção.

“A autonomia sempre existiu, mas está corroída agora por causa da contabilidade criativa do governo, do controle artificial da inflação, da baixa credibilidade do governo, o que está diminuindo os investimentos”, disse Marina. De acordo com a candidata, a autonomia que conferirá ao Banco Central é para que a instituição tenha “autonomia dos grupos que acabaram com a Petrobras” e para “proteger” os interesses da sociedade. “O Banco Central a serviço dos grupos e partidos que fizeram a festa é que é um grande prejuízo aos brasileiros.”

Marina ainda lembrou que, assim como ela, Lula também fez acenos ao mercado financeiro na iminência de sua eleição, em 2002. “Quando Lula ganhou, ele fez uma Carta aos Brasileiros. Lá, ele se comprometia em manter os ganhos da política macroeconômica. Isso foi o compromisso que assumiram, mas infelizmente, com Dilma, nada disso está acontecendo”, disse a ex-senadora. “A inflação voltou, os juros são altíssimos. São quase R$ 200 bilhões de lucro dos bancos. Eles se comprometeram com crescimento, mas o país não tem credibilidade para investimentos.”

Nem a taxa de juros nem a inflação «escandalosas» denunciadas por Marina – e também por Aécio Neves, candidato do PSDB – guardam relação com a realidade.

A inflação medida pelo IBGE entre janeiro e agosto está em 4,02%, abaixo do centro da meta estabelecida pelo governo, que é de 4,5%. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto de 2013 a agosto de 2014, também medido pelo IBGE, é de 6,51% – 0,01 ponto percentual acima do teto da meta. A média da inflação entre 2011 e 2013 foi de 6,1% ao ano. Nos anos Lula, 5,8%. Com FHC, 9,1%.

Atualmente, a taxa básica de juros está em 11%. Voltou a subir em abril do ano passado depois de alcançar, em 2012, o seu menor índice em quase vinte anos: 7,25%. Ainda assim, a taxa Selic praticada hoje em dia por Dilma não é muito distante da média dos juros da gestão anterior. Com Lula, o índice variou de 26,5% a 8,75%. Com Dilma, o patamar mais alto se deu em julho de 2011, com 12,5%. Durante o governo FHC, a Selic chegou, em março de 1999, a 45%.

Apesar dos números, que não citou em nenhum momento, Marina reiterou que Dilma rompeu teto da própria meta de inflação e ressaltou que isso pode trazer riscos à renda do trabalhador. “Deixaram de lado o objetivo da meta, chegou ao centro, foi além e agora já atravessou o teto”, insistiu, repetindo que o país pode voltar aos tempos anteriores ao Plano Real. “Temos de controlar a inflação, não ultrapassar as metas, para não voltar aos tempos em que o salário do trabalhador era inteiramente corroído.”

Fuente Rede Brasil Atual

 

Pesquisa reforça polarização entre Dilma e Marina

Divulgada nesta terça-feira, a pesquisa CNT/MDA para a corrida presidencial aponta crescimento nas intenções de voto para Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB). A presidente, que no levantamento anterior aparecia com 34,2%, agora tem 38,1%. Já a ambientalista subiu de 28,2% para 33,5%, diminuindo a diferença entre as duas candidatas de 6 pontos percentuais para 4,6. A pesquisa ainda mostrou que Aécio Neves (PSDB) segue em queda: tinha 16% das intenções, e agora aparece com 14,7%.

Com o resultado, Dilma e Marina disputariam o segundo turno. Na simulação, a ex-ministra do Meio Ambiente venceria as eleições: conforme a CNT/MDA, ela aparece com 45,5%, contra 42,7% da petista. Essa é a primeira pesquisa divulgada desde o apontamento de políticos pelo ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa que teriam recebido propina em negócios da Petrobras. As entrevistas começaram a ser coletadas um dia antes da veiculação da lista.

A pesquisa ainda simulou um segundo turno entre Dilma e Aécio. Neste cenário, a presidente venceria com 47,5%, e e tucano aparece 33,7%. Em uma terceira possibilidade, Marina (52,2%) também ganharia de Aécio (26,7%).

Maioria dos entrevistados acredita em vitória de Dilma

Apesar de apontar Marina como vencedora em um eventual segundo turno com Dilma, o levantamento revelou que a maior parte dos entrevistados acredita que a presidente ganhará as eleições: 49%. Em segundo lugar, está Marina, com 34,9%, e Aécio aparece em terceiro, com 6,2%.

Segundo o levantamento, a popularidade de Dilma também cresceu. A avaliação do governo que era positiva para 33,1% no mês passado, agora subiu para 37,5%. A avaliação negativa, por sua vez, caiu e passou de 28,8% para 23%.

Registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR – 00574/2014, a 121ª Pesquisa CNT/MDA entrevistou 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 unidades federativas das cinco regiões entre os dias 5 e 7 de setembro. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, com 95% do nível de confiança. A pesquisa foi encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT).

Fuente Zero Hora

Más notas sobre el tema