Elecciones en Brasil: Dilma cambia el tono de la campaña y critica abiertamente a Marina Silva
Dilma muda o tom e politiza debate; críticas a Marina se acentuam
Esta terça-feira (2) pode ser considerada a data em que o PT decidiu dar uma virada no tom das eleições. O partido deixou o discurso ufanista das grandes obras da presidenta Dilma Rousseff (PT) e partiu para a politização da campanha. A ação coloca em xeque o programa da principal adversária na corrida eleitoral, a candidata do PSB, Marina Silva, especialmente na questão do emprego. A postura já havia sido adotada no debate realizado ontem (1º) entre os candidatos à presidência, no SBT.
Com o apoio do ex-presidente Lula, nesta tarde, Dilma percorreu a principal rua comercial de São Bernardo do Campo, no ABC paulista, e engrossou a fala contra Marina. «Fiquei preocupada com o programa da candidata Marina. Ela reduz a pó a política industrial. Tira o poder dos bancos públicos de participar do financiamento da indústria e da agricultura. Falo isso, porque fico preocupada quando querem acabar com o papel do BNDES. O banco teve papel fundamental na geração de emprego e, no meu governo, criação de emprego é fundamental», destacou a petista, lembrando que nos 12 anos do governo PT foram criados mais de 11 milhões de empregos com carteira assinada.
Dilma destacou que o seu plano de governo é feito “pelo povo e para o povo” e citou a manutenção dos empregos promovida no Brasil mesmo com a crise internacional.
Pouco antes, no programa eleitoral de rádio e TV, Dilma foi para o enfrentamento, comparando Marina a outros “salvadores da pátria”, como Jânio Quadros e Fernando Collor de Mello. A candidata à reeleição criticou o que considera inconsistências e perigos da adversária. Dilma afirma que “numa democracia, ninguém governa sem partidos” e argumenta que as eleições de “salvadores da pátria” sempre foram problemáticas para o país. «Sonhar é bom, mas eleição é hora de botar o pé no chão.»
“Grande ameaça”
A «grande ameaça» do momento para o país “está travestida sob o manto da chamada nova política», disse hoje o senador Humberto Costa (PT-PE), em referência a uma das bandeiras adotadas pela campanha de Marina Silva. Costa a chamou a candidata de «FHC de saias» e acusou a ex-senadora de adotar alianças eleitorais de conveniência, apesar dela dizer que não se junta a “raposas políticas.”
«Quais seriam, por exemplo, os rumos econômicos e uma política de um governo Marina Silva? Ela vai baixar a cabeça ao mercado financeiro, deixando a política neoliberal disseminar novamente o desemprego, a subida de preços, o aumento de impostos e o arrocho salarial. Será uma FHC de saias», ressaltou.
O senador criticou também o que chamou de falta de coerência da candidata do PSB ao Palácio do Planalto. Ela lembrou que, ao mesmo tempo em que Marina condena os transgênicos e a indústria de armas, o candidato da ex-senadora a vice-presidente, deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), recebeu contribuições eleitorais de empresas desses setores.
«Desde que foi cunhada, essa expressão ‘nova política’ mostrou que de nova nada tinha. Era mais do mesmo. Era uma alegoria criada para ser vendida como novidade, ao mesmo tempo em que se travestia de velhas práticas», concluiu Humberto Costa.
Marina Silva também foi atacada pelo governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), que, em entrevista ao Diário do Nordeste, afirmou que, se eleita, ela não cumprirá o mandato. «Eu não dou dois anos de governo para a Marina. Ela será deposta, pode escrever o que eu estou dizendo», cravou. Cid Gomes questiona a proposta de Marina de tirar a autonomia do Banco Central e a postura contrária ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Na rede social Twitter, durante todo o dia, houve manifestações de que a candidata do PSB havia perdido o apoio do público LGBT. Tudo porque ela teria mudado de posição após ser pressionada pelo pastor Silas Malafaia, em troca de apoio na eleição. Depois de ter divulgado o programa de governo, na sexta-feira (29), que prometia criminalizar a homofobia e defender o casamento igualitário, ela recuou.
Aparadas as arestas entre Marina e Malafaia, o pastor saiu hoje para o ataque frontal a Dilma, por meio de vídeo divulgado no Youtube. «Nós lutamos sete anos de maneira legal e democrática para enterrar o projeto de lei para beneficiar o ativismo gay e agora Dilma, no desespero por causa da (ascensão de) Marina, diz que vai apoiar a criminalização da homofobia. Quer dizer, ela apoia a volta do projeto, que foi derrotado pela via democrática no Senado… O PT só procura os evangélicos de quatro em quatro anos; o restante do tempo, trabalha contra tudo aquilo que é relativo às nossas crenças e valores.»
Según últimas encuestas, Marina lidera intención de votos en Río de Janeiro y San Pablo
Ibope: em SP, Marina tem 39%, Dilma, 23%, e Aécio, 17%
Marina Silva (PSB) cresceu 4 pontos em uma semana e chegou a 39% das intenções de voto no Estado de São Paulo, aumentando sua vantagem sobre Dilma Rousseff (PT), que permanece com 23% entre os paulistas. É o que mostra nova pesquisa Ibope feita entre sábado e segunda-feira, para o Estado e a Rede Globo, sobre as disputas pelos governo estadual e presidencial em São Paulo.
O crescimento de Marina no eleitorado paulista se deu pelo menos em parte às custas de Aécio Neves (PSDB). O tucano foi de 19% para 17%. Outros dois pontos vieram dos eleitores que pretendem anular ou votar em branco (foram de 9% para 7%). Há também 10% de eleitores indecisos, e 4% se dividem entre os nanicos.
A maior vantagem de Marina sobre seus adversários em São Paulo está no eleitorado evangélico. A candidata do PSB tem 49% dos votos dos eleitores dessa religião, contra 20% de Dilma e 9% de Aécio. Já entre os católicos a disputa é bem mais parelha: 36% para Marina contra 25% de Dilma e 19% de Aécio.
Quarenta e três por cento dos eleitores de Geraldo Alckmin (PSDB) declaram preferir também Marina, contra apenas 26% que votam no governador tucano e no candidato de seu partido, Aécio Neves, para presidente. Dilma está tecnicamente empatada com o rival no eleitorado de Alckmin, com 23% das preferências. Marina tem 51% dos eleitores de Paulo Skaf (PMDB) e 16% dos de Alexandre Padilha (PT).
A pesquisa Ibope foi feita entre os dias 30 de agosto e 1º de setembro, em 87 municípios do Estado de São Paulo. Foram feitas 1.806 entrevistas face a face. A margem de erro máxima é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
Resultados permitem algumas reflexões
Os resultados não devem estar distantes dos números a serem divulgados amanhã pelo Datafolha. A sinalização desses resultados permite algumas reflexões:
1 – as bancadas do PT e do PMDB serão muito reduzidas nas próximas eleições.
2 – o resultado das pesquisas, que poderão sair nas próximas 24 horas, pode provocar um novo acidente na campanha presidencial. O candidato Aécio Neves, preocupado com a situação econômica do país, fazendo com que a eleição se arraste por mais 60 dias, poderia precipitar o resultado em um turno só.
No Rio, Ibope aponta Marina, com 38%, Dilma, com 32%, e Aécio, com 11%
No Rio, a pesquisa pesquisa Ibope apontou que, entre os eleitores do estado, Marina Silva (PSB) tem 38% das intenções de voto, Dilma Rousseff (PT), 32%, e Aécio Neves (PSDB), 11%, na corrida para a Presidência da República.
No levantamento anterior, realizado em agosto, a candidata do PSB aparecia com 30%, atrás da presidente e candidata à reeleição pelo PT, que tinha 38%. Aécio manteve os 11%.
Pastor Everaldo (PSC) tem 2%. Brancos e nulos somam 10%, e outros 6% não sabem ou não responderam. Os candidatos Eduardo Jorge (PV), Eymael (PSDC), Levy Fidélix (PRTB), Luciana Genro (PSOL), Mauro Iasi (PCB), Rui Costa Pimenta (PCO), e Zé Maria (PSTU) somam, juntos, 1%.