Elecciones en Brasil: Lula alerta sobre el discurso “antipolítica” y Marina se acerca al agronegocio
LULA ALERTA CONTRA DISCURSO ANTIPOLÍTICA DE MARINA SILVA
El ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva confrontó el jueves en la noche el discurso de la llamada «nueva política» que encarna la candidata ambientalista Marina Silva, quien ha prometido enviar a la oposición a senadores como José Sarney y el presidente de la Cámara alta Renan Calheiros, de gran influencia en el Poder Legislativo.
«Si alguien quiere votar en alguien que no es político, en primer lugar, que no crea cuando haga apología de la no política. No crea. Porque no es posible que alguien gobierne fuera de la política», dijo Lula en Sao Paulo.
«Quien sea electo presidente de la República va a tener que conversar con el Congreso Nacional y con los partidos políticos. No es el momento de que neguemos la política», agregó el ex mandatario, quien pidió votos para la candidata a la reelección Dilma Rousseff y al postulante de su partido a gobernador de Sao Paulo, Alexandre Padilha.
«Votar en la presidente Dilma para no dejar que este país vuelva a ser lo que era antes del 2002. Los más jóvenes no saben lo que era Brasil antes de que yo llegara a la presidencia. Por favor, pregunten a sus padres, a sus abuelos, para saber que este era el país del desencanto, era el país en el que el ministro de Hacienda todos los fines de año iba a Washington a pedir limosna», dijo Lula.
Marina inicia estratégia de se aproximar do agronegócio
Vista com desconfiança pelos representantes do agronegócio, a nova candidata do PSB à presidência, Marina Silva, começa a colocar em prática os primeiros movimentos para se aproximar do setor. Nesta quinta-feira, 28, Marina visita uma feira voltada para a área sucroalcooleira no interior de São Paulo e nesta sexta, 29, tem um encontro marcado com líderes ruralistas.
Desde que assumiu a cabeça da chapa, após a morte de Eduardo Campos em um acidente aéreo no último dia 13, Marina escalou aliados para entrar em contato com representantes do setor. Um deles é o ambientalista João Paulo Capobianco, que tem buscado nomes para conversar.
Outro é o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS), que foi escolhido como vice da chapa. O nome dele, inclusive, foi visto como um sinal de que ela estaria disposta a buscar o diálogo com o agronegócio. Beto tem bom relacionamento com empresários gaúchos do ramo, principalmente produtores de celulose e cereais.
Outra sinalização que agradou ao setor foi o fato de ela já ter afirmado publicamente que vai cumprir as propostas que Campos apresentou durante a sabatina realizada pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) no início de agosto. A postura demonstra uma mudança significativa em relação a 2010, quando ela era candidata do PV e nem sequer compareceu ao evento.
Tranquilidade
Segundo a avaliação de um expressivo interlocutor da área, Campos poderia até não ter conseguido assegurar os votos, mas tinha conquistado a confiança de lideranças agrícolas. Segundo ele, o fato de Marina estar disposta a cumprir os acordos traz «tranquilidade» e mostra que ela está adotando um discurso pró-agronegócio.
Hoje Marina deve ser bem-recebida na Feira Internacional do Setor Sucroenergético (Fenasucro), em Sertãozinho, interior de São Paulo. Campos havia sido convidado para participar do evento como palestrante e ela irá substituí-lo no evento.
O então candidato vinha estabelecendo um bom relacionamento com o setor sucroalcooleiro. O segmento não esconde a insatisfação com o governo da presidente Dilma Rousseff (PT), que optou por segurar os preços da gasolina, desvalorizando a indústria do etanol.
Já o encontro marcado para amanhã, organizado pelo presidente da Datagro Consultoria, Plínio Nastari, deve ser mais amplo e reunir representantes das principais entidades do agronegócio brasileiro.
Ex-presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Jank é um dos nomes que confirmaram presença no encontro. O executivo está à frente da BRF – Brasil Foods e diz que se aproximou dos marineiros nos últimos três anos. Segundo ele, a reunião servirá para mostrar que há «muita convergência entre as ideias de Marina e o agronegócio».
Ministra
A resistência do setor ao nome de Marina vem do tempo em que ela ocupou o Ministério do Meio Ambiente (2003-2008). Enquanto estava à frente da pasta, condenou o aumento do desmatamento para que houvesse a expansão da produção de grãos e da pecuária na Amazônia Legal.
Ela sempre defendeu a tese de que é possível aumentar a produtividade sem aumentar a área plantada e de que é o agronegócio pode conviver com os preceitos da sustentabilidade.
Em 2012, se posicionou publicamente contra a aprovação do novo Código Florestal. O projeto tinha o apoio da bancada ruralista, mas foi considerado por ela um «retrocesso».
Em evento com operários, Aécio diz que manterá ajuste real do salário mínimo
O candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB) disse hoje (28) que continuará com a política de reajuste real do salário mínimo em seu governo, caso seja eleito. Ele participou nessa manhã de uma conversa com operários da construção civil no bairro da Barra Funda, zona oeste da capital paulista.
Aécio disse ainda que fará o reajuste da tabela do Imposto de Renda de acordo com a inflação e a correção da defasagens acumulada nos últimos anos. Os aposentados também seriam beneficiados. “Estamos aqui para reiterar nosso compromisso de buscar dar aos aposentados, também, um reajuste real das suas aposentadorias e, principalmente, garantir a retomada do crescimento da economia brasileira”, declarou.
Na economia, o candidato garantiu que vai combater a inflação. “Nós, que acabamos com a inflação lá atrás, temos autoridade para dizer que, para nós, a inflação é tolerância zero”, disse ele. Aécio declarou que o crescimento da economia sustentará a geração de empregos.
“O atual governo perdeu a capacidade de gerar as expectativas necessárias à retomada do crescimento da nossa economia. Estamos no momento do início de um novo ciclo de governo no Brasil, responsável, experiente e ousado, do ponto de vista das reformas, que vão permitir ao Brasil garantir um crescimento maior”, garantiu.
As centrais sindicais, além disso, receberão atenção especial em seu governo, prometeu o candidato. “Estou assumindo um compromisso de diálogo permanente com as centrais sindicais, essencial para encontrarmos caminhos que deem ao trabalhador brasileiro a segurança e as expectativas que ele precisa ter”.
O candidato destacou que a experiência de governar será importante para o próximo presidente eleito. “O que posso afirmar é que o Brasil não é para principiantes. O Brasil é para gente experiente e competente. Temos os melhores quadros e aqui estou eu, cercado deles, para fazer com que o Brasil volte a crescer, volte a gerar empregos de maior qualidade e em quantidade”, declarou.