Elecciones Brasil 2014: candidato del PSB a favor del matrimonio igualitario y contra la marihuana
Campos diz que é a favor do casamento gay e contra a liberalização da maconha
O candidato do PSB à presidência da República, Eduardo Campos (PSB), disse nesta segunda-feira, em sabatina promovida pelo site G1, que é a favor do casamento entre pessoas do mesmo sexo, contra a liberalização da maconha e descriminalização do aborto. É também a favor de estabelecer imposto para as grandes fortunas e contra a revisão da lei da Anistia.
Essas questões fizeram parte do «pinga-fogo» a que os jornalistas do G1 submeteram o candidato no último bloco de sabatina, que durou uma hora. Campos disse também que é a favor pela obrigatoriedade do voto e contra a união das polícias civil e militar. É também contra o ensino religioso nas escolas, por entender que religião tem que ser aprendida nas igrejas.
Durante os 45 minutos de duração da entrevista, Eduardo Campos insistiu que a economia precisa mudar, com mais crescimento e menor inflação.
– Felipão fez o 7 a 1 no campo e a Dilma fez o 7 a 1 na economia, com 7% de inflação e 1% de crescimento. Isso precisa mudar, com a inflação voltando ao centro da meta, em 4,5% e depois chegarmos aos 3%, que é uma inflação que outros países da região, como Chile e Colômbia já tem – disse Campos.
Para ele, o PSDB e PT já estiveram no poder nos últimos anos e já fizeram o que podiam ter feito, mas hoje «não compreendem o pais que ajudaram a mudar e por isso nos apresentamos para implantar uma nova pauta para o país», disse Campos, que foi sabatina pelos jornalistas Tonico Ferreira e Nathália Passarinho, com perguntas feitas por 700 internautas do G1.
Quando lhe foi perguntado qual era a política para desenvolvimento do Nordeste, Campos defendeu o Programa Bolsa-Família.
– O Nordeste tem 28% da população, 13% do PIB brasileiro, mas tem 50% dos pobres deste país. Por isso, o Brasil precisa voltar a crescer para podermos melhorar as condições de vida dessa população. A política do Bolsa-Família foi importante e uma conquista, mas não vamos resolver a situação do Nordeste apenas com o Bolsa-Família. Temos que melhorar a edução para a região, melhorar as condições da hidrovia do São Francisco e não permitir que os juros dos empréstimos do fundo de desenvolvimento para a região sejam mais altos do que os juros cobrados pelo BNDES – disse Campos.
O socialista voltou a dizer que vai reduzir o número de Ministérios para algo como 20 ou 22, mas não disse quais vai reduzir. Hoje são 39 ministérios.
Ele defendeu a criação de um fundo nacional para o financiamento do passe livre para estudantes das escolas públicas. Segundo ele, se for eleito, vai criar um fundo com participação do Tesouro e com pelo menos 10% de contrapartida dos estados e municípios.
– Assumimos o compromisso com o passe livre porque o compromisso com o passe livre é um compromisso com a educação. O passe livre já é dado para quem tem mais de 60 anos – explicou o candidato do PSB.
Ele explicou novamente que não «mudou de lado» ao ter apoiado o governo do PT de Lula e Dilma e agora se colocar como oposição.
– Eu não mudei de lado. Nunca na minha vida mudei de lado. Sempre fui eleito pelo mesmo partido. Na vida, às vezes, temos que tomar atitude de coragem. E foi a atitude de coragem que tomei. É que o pais vinha mudando e parou de mudar no governo da presidente Dilma – disse o candidato, que foi questionado por que se aliou no governo do Pernambuco a políticos tradicionais, como Severino Cavalcanti e Inocênio Oliveira.
Eduardo Campos foi o quarto candidato a ser sabatinado no G1. Dilma se recusou a participar. O próximo será Rui Costa Pimenta, do PCO.
No Jornal Nacional, Aécio diz que vai realinhar tarifas de energia e gasolina em eventual governo
O candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), admitiu nesta segunda-feira a necessidade de fazer, se eleito, o “realinhamento” dos preços das tarifas de energia e da gasolina. Aécio foi o primeiro presidenciável a participar da rodada de entrevistas do “Jornal Nacional», da TV Globo. Ele também afirmou que haverá “previsibilidade” sobre essas tarifas e descartou pacotes ou “planos mirabolantes” em seu eventual governo.
Aécio voltou a dizer que vai tomar as “medidas necessárias” para controlar a inflação. Confrontado sobre a possibilidade de ajustar os preços, após evitar responder diretamente sobre o assunto, o tucano foi enfático:
— No meu governo, vai haver previsibilidade em relação a essas tarifas e em todas as medidas. Ninguém espere no governo Aécio Neves um pacote A, PAC disso, PAC daquilo ou algum plano mirabolante. Nós vamos tomar as medidas necessárias. É óbvio que nós vamos ter que viver um processo de realinhamento desses preços. Obviamente, quando você tiver os dados sobre a realidade do governo é que você vai estabelecer isso. Eu não vou temer fazer aquilo que seja necessário, as medidas necessárias para controlar a inflação, retomar o crescimento e principalmente, Patrícia (Poeta) e (William) Bonner, a confiança perdida no Brasil — disse.
Aécio também foi questionado sobre escândalos políticos que envolvem tanto o PT quanto o PSDB e sobre a diferença na abordagem desses casos. No caso dos tucanos, a apresentadora lembrou do mensalão de Minas Gerais e do cartel do metrô em São Paulo. O senador respondeu que, havendo condenação, o envolvido não será tratado como herói, numa alusão à defesa que petistas fazem dos condenados do mensalão, como o ex-ministro José Dirceu.
— O que posso garantir é que, no caso do PSDB, se eventualmente alguém for condenado, não será como foi no PT, tratado como herói nacional, porque isso deseduca. Portanto, todos os partidos que estão aí têm possibilidade de ter nomes que estejam envolvidos em qualquer denúncias. Apuração e punição, é isso que esperam os brasileiros, independentemente de partido — afirmou Aécio.
A apresentadora citou, então, o caso do mensalão mineiro, cujo principal acusado de corrupção, o ex-governador Eduardo Azeredo (MG), apoia Aécio. O tucano afirmou que não se deve prejulgar e que é preciso esperar a defesa de Azeredo.
— Ele está me apoiando, você colocou bem, Patrícia, não é o inverso. É um membro do partido e que tem oportunidade de se defender na Justiça. Vamos aguardar que a Justiça possa julgá-lo e, se condenado, ele vai ser punido. Mas eu não prejulgo, não prejulguei os petistas, não vou prejulgar os tucanos. O que posso te dizer, e reitero aqui, independentemente do partido político, eu acho que qualquer cidadão tem que responder pelos seus atos. E o Eduardo vai responder pelos deles. Vamos deixar que ele possa se defender.
Aécio também foi questionado sobre o aeroporto na cidade de Cláudio (MG), construído nas terras onde a família do senador tem fazenda. Ele afirmou que a obra foi feita com o objetivo de interligar cidades importantes para o desenvolvimento regional e que sua gestão no governo de Minas Gerais foi transparente:
— Nesse caso, especificamente, se houve algum prejudicado, foi esse meu tio-avô (proprietário da área), porque o estado avaliou aquela área em R$ 1 milhão e ele reivindica na Justiça R$ 9 milhões, e não recebeu R$ 1 até hoje. Foi feito de forma transparente e republicana, e a população daquela localidade sabe a importância desse aeródromo, uma pista asfaltada.
Ao ser perguntado se sentia constrangido por ter usado o aeroporto para visitar sua fazenda, Aécio respondeu que não. E disse que ignorava o fato de a pista não estar homologada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac):
— Não, não tenho (constrangimento), até porque eu não sabia que essa pista não estava homologada — disse Aécio.
Bonner o interrompeu e argumentou que não se tratava de uma questão de homologação, mas do uso pessoal do aeroporto construído pelo estado de Minas Gerais.
— Eu visitei praticamente todos os aeroportos de Minas Gerais, trabalhando, como governador do estado. E o fato central é esse, que a Anac, porque é muito aparelhada hoje, nós sabemos a origem das indicações da Anac, durante três anos não conseguiu fazer o processo avançar e homologar o aeroporto.
Sobre uma eventual valorização das terras de sua família por causa da construção do aeroporto, Aécio respondeu:
— Olha, essa fazenda a que você se refere é uma fazenda que está na minha família há 150 anos, tem lá 14 cabeças de gado, essa é a grande fazenda. É um sítio que, valorizado ou não, minha família vai eventualmente nas férias. Ali ninguém está fazendo negócio. Essa cidade precisava desse aeroporto, como todas as outras que tiveram investimento em Minas Gerais. Eu nunca, na minha vida inteira, fiz nada que eu não pudesse defender de cabeça erguida. Criou-se em torno desse caso uma celeuma, e você próprio deve estar surpreso, um sítio que nossa parte deve ter 30 alqueires. Algo absolutamente familiar, pequeno, nada a ver com esse aeroporto, até porque nesse local já havia uma pista, eu poderia ter descido numa pista que estava lá há 20 anos — respondeu Aécio.
Ao comentar a entrevista de Aécio no “Jornal Nacional”, o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), disse que o tucano não respondeu a nenhuma pergunta de forma direta e que «tergiversou» quando questionado sobre o aeroporto de Cláudio.
— Ele falou em questão econômica. Mas o que justifica economicamente aquele aeroporto? Agricultura, pecuária? Ele tentou fugir o tempo inteiro — avaliou.
Já o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque (RS), criticou a suposta falta de propostas do tucano e disse que Aécio tem dificuldade em se colocar como alternativa.
Já o presidente do PSDB de Minas Gerais, deputado Marcus Pestana, elogiou o desempenho de Aécio. Para Pestana, Aécio está num ótimo momento político, e a entrevista foi uma importante forma de falar a um público que ainda não o conhecia:
— A atitude e a tranquilidade com que Aécio falou mostraram que o assunto (aeroporto) não é nenhum problema e que fez parte de um projeto legítimo para o estado de Minas Gerais.
DILMA AOS JOVENS: “VOCÊS SERÃO MEU COMBATE”
Durante encontro com jovens, no Dia do Estudante, no auditório da Uninove, em São Paulo, nesta segunda-feira (11), a presidenta Dilma Rousseff lembrou seus tempos de juventude e fez uma comparação entre os anseios daquela época e da atual.
«Eu olho pra vocês e vejo minha juventude. Eu me enxergo um pouco em vocês. Vocês podem não acreditar, mas o Aldo Rebelo (ministro dos Esportes), o Rui Falcão e eu fomos bem assim», disse a presidente.
Segundo ela, no passado, durante a ditadura militar, a meta era conquistar a democracia, afirmar a soberania do Brasil e mudar radicalmente as condições de desigualdade. Hoje, a presidenta enxerga o grupo como protagonista de um processo democrático, iniciado em 2003, com o presidente Lula.
«Foi um sonho de que poderíamos transformar o Brasil de forma profunda e radical. Nós queríamos não só a democracia, queríamos afirmar a soberania do país, queríamos mudar radicalmente as condições de desigualdade que o nosso país vivia», disse.
Para Dilma, ninguém perdeu com essas mudanças, apenas ganhou. “Agora, o filho da empregada doméstica pode ser doutor”, disse.
A presidente também pediu o engajamento dos jovens em sua campanha. «Eu confio em vocês que representam uma parte da luta, em nova escala, em nova dimensão em que foi nossa luta do passado. Confio que vocês que serão meu combate que vão defender o sentido desse projeto».
A presidente aproveitou a ocasião para rebater as críticas feitas pela oposição em relação à sua política econômica. Ela lembrou os tempos em que o governo FHC recorria ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para tomar empréstimos e comparou a situação vivida à época com a atual crise na Argentina.
“O Brasil quebrou três vezes naquela época. Hoje os jornais falam da Argentina, mas a situação, naquele momento, era mais grave”, afirmou.