Con once candidatos presidenciales, comenzó en Brasil la campaña para las elecciones de octubre
Campanha eleitoral começa neste domingo
Neste domingo 6, começa a campanha eleitoral para as eleições gerais do Brasil. A partir de hoje, candidatos à Presidência da República, ao governos do Estado e aos Legislativos estaduais e federal podem pedir votos para a eleição que vão disputar daqui a três meses, em 5 de outubro. Panfletos, comícios, carros de som e páginas na internet agora estão permitidos em todo o país.
A campanha começa com a presidenta Dilma Rousseff liderando todas as pesquisas dos institutos Ibope, Datafolha e Vox Populi. A última pesquisa do Vox Populi mostra Dilma com 37% das intenções de voto, o senador Aécio Neves (PSDB) com 20% e o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) com 8%. O número de votos sem definição (branco, nulos e indecisos) ainda é alto, de 26%.
Dilma perdeu apoios na última semana, como o do PTB, mas ainda conta com nove partidos e terá o maior tempo de televisão (12 minutos) a partir de 19 de agosto, quando começam as propagandas na televisão e no rádio. Na última semana antes da campanha, a presidenta dedicou sua agenda às inaugurações de obras – vetadas a partir do início da campanha.
Aécio também conta com o apoio de nove partidos, mas deverá ter metade do tempo de Dilma na televisão. Os tucanos repetem que, nesta eleição, estão unidos como nunca. A esperança do PSDB é que, com as discordâncias reduzidas dentro do partido, possam ter um desempenho melhor do que tiveram nas últimas três eleições. Em todas elas, rusgas internas do partido ajudaram com a derrota dos seus candidatos nacionais.
Em terceiro lugar na pesquisa, Campos aposta no seu baixo índice de rejeição, o menor entre estes três candidatos, e na capacidade da ex-senadora Marina Silva (PSB), sua vice, de transferir votos para ele. Segundo a Datafolha, 18% dos eleitores votariam “com certeza” em um candidato apoiado por Marina, terceira colocada na última eleição presidencial. Desta forma, Campos pode melhorar seu desempenho com as aparições dela no horário eleitoral.
‘Nanicos’
A eleição à presidência terá onze candidatos, o maior número desde a eleição de 1998, que teve doze postulantes. Fora da disputa entre os três mais bem colocados, a votação dos outros sete devem determinar a realização ou não do segundo turno. A nova votação acontece quando ninguém obtém, ao menos, 50% dos votos dados aos candidatos. A performance dos chamados ‘nanicos’ deve ser essencial para que ela aconteça.
O mais bem colocado deles é o pastor Everaldo (PSC), com 2,5% dos votos na última pesquisa Vox Populi. Pastor da Assembleia de Deus, a maior denominação evangélica do País, é quem tem propostas mais claramente de direita. Ele é contra a união civil homossexual e a favor da redução da maioridade penal.
O PSOL terá como candidata a ex-deputada federal Luciana Genro. Ela entrou na disputa após a desistência do senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que deve disputar o governo do seu Estado.
Sem Marina Silva, Eduardo Jorge é o candidato do PV nesta eleição. Ex-deputado federal e fundador do PT, Jorge diz que tem uma candidatura mais identificada com as propostas que diferenciariam o partido, como a legalização da maconha.
Estes três candidatos também devem ser chamados a debates na televisão e no rádio. A lei eleitoral obriga que todos os candidatos de partidos com representação no Congresso Nacional sejam convidados para estes encontros. Desta forma, sete candidatos deverão ser chamados para cada encontro, a não ser que aceitem não participar deles.
Os outros candidatos à presidência são Mauro Iasi (PCB), José Maria (PSTU), Levy Fidelix (PRTB) e José Maria Eymael (PSDC) e Rui Costa Pimenta (PCO).
http://www.cartacapital.com.br/politica/campanha-eleitoral-comeca-neste-domingo-8847.html
CAMPANHA ELEITORAL COMEÇA COM CRÍTICAS AO GOVERNO
Foi dada a largada. No primeiro da campanha eleitoral, iniciada oficialmente neste domingo 6, os candidatos à Presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, e pelo PSB, Eduardo Campos, marcaram presença em eventos públicos, apresentaram propostas e criticaram o governo da presidente Dilma Rousseff. A petista foi a única que não teve compromissos na agenda, mas lançou site oficial da campanha.
Em um vídeo publicado na página, Dilma garante um debate de «alto nível» e classifica essa como uma das campanhas mais «politizadas» da história do País. A página relaciona as «conquistas do governo Dilma e Lula», traz vídeos da candidata, programa de governo e notícias. A previsão do PT é que a campanha da presidente custe no máximo R$ 298 milhões, segundo registro no TSE.
Na mensagem de «boas vindas» ao site, a candidata do PT ressalta a importância da internet nas campanhas, «prova não só de modernidade, como de ampliação dos canais da democracia». Segundo ela, essa campanha eleitoral «é apenas uma etapa da luta incessante» de mudar para melhor o Brasil. A presidente diz ainda acreditar que essa deve ser a campanha da «valorização da política».
O senador Aécio Neves iniciou seu projeto político com uma visita ao 17º Festival do Japão, em São Paulo, maior evento da comunidade japonesa no País. O tucano estava acompanhado do vice da chapa, Aloysio Nunes, do governador de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin, e do candidato a senador por São Paulo, José Serra, todos do PSDB.
O candidato denunciou o que considera uso político da Copa do Mundo. «Alguns acham que podem confundir Copa do Mundo com eleição. Não. O brasileiro está suficientemente maduro e consciente para perceber que são coisas absolutamente diferentes. Vejo uma tentativa de uma certa apropriação desses eventos para o campo político», disse. O tucano declarou acreditar numa vitória da Seleção Brasileira mesmo sem Neymar. «A torcida vai fazer a diferença, o Brasil vai vencer a Copa».
Como Dilma, o tucano também defendeu o alto nível no debate eleitoral. «Eu não considero eleição uma guerra. Da minha parte, eu jamais permitirei que queiram dividir o Brasil entre nós e eles. Campanha é uma oportunidade para debatermos propostas, apresentarmos as nossas ideias. O Brasil vem amadurecendo a democracia nos últimos anos e merece uma campanha a altura dos desafios que nós temos para a frente», afirmou.
Os candidatos a presidente e a vice-presidente pelo PSB, Eduardo Campos e Marina Silva, respectivamente, iniciariam oficialmente a campanha com uma visita à comunidade Sol Nascente, no Distrito Federal, onde o socialista reforçou suas promessas de governo e fez duras críticas ao governo federal. A dupla visitou o Festival do Japão no sábado.
«Não se pode admitir que, a 35 quilômetros do Palácio do Planalto, em um estado governado pelo mesmo partido [PT], você ande em uma comunidade que sequer tem o lixo retirado das ruas. [O governo petista] não deveria nem disputar a eleição, deveria ter a humildade de dizer que fracassou», disse Campos, depois de conversar com moradores.
«Esta comunidade do Sol Nascente representa todas as prioridades que nós chamamos a atenção nas nossas diretrizes, que são as prioridades da população. Eu fui andando, junto com a Marina, e perguntando o principal problema da comunidade. E todas as respostas vieram ao encontro do nosso programa», disse Campos.
Dos 11 candidatos a presidente em 2014, 5 são figurinhas repetidas
Após o prazo final para os partidos realizarem suas convenções, as legendas apresentarão aos eleitores 11 candidatos à Presidência da República. Destes, quatro são figurinhas repetidas do pleito de 2010. Além da petista Dilma Rousseff, que tenta a reeleição, os nanicos Eymael (PSDC), Zé Maria (PSTU), Rui Costa Pimenta(PCO) e Levy Fidélix (PRTB) estarão de novo nas urnas eleitorais.
Além disso, a ex-ministra Marina Silva (PSB), que se lançou em 2010 pelo PV, também volta ao páreo. Desta vez, sairá como vice na chapa com o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. Ela tentou criar o seu próprio partido, mas, como não reunir o número suficiente de assinaturas a tempo, a solução para não ficar de fora foi se unir a Campos.
Entre os novatos na corrida ao Palácio do Planalto está o tucano Aécio Neves, ex-governador de Minas Gerais, que tem aparecido em segundo lugar nas pesquisas eleitorais, atrás apenas de Dilma.
A dupla Campos/Marina vem em terceiro lugar, mas, tecnicamente, está empatada nas pesquisas de intenção de voto com o Pastor Everaldo, candidato do PSC, sigla que ganhou evidência nacional no ano passado com a polêmica atuação do deputado federal Pastor Marco Feliciano (SP) à frente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
Outro partido que terá candidato pela primeira vez será o PSOL, que, inicialmente,anunciou o senador Randolfe Rodrigues (AP) , mas depois mudou e oficializou Luciana Genro. O PCB será representado por Mauro Iasi e o PV, porEduardo Jorge.
Alguns partidos, porém, só conseguiram definir o seu futuro no último dia do prazo legal para a composição de alianças e indicação de candidatos, que foi nesta segunda-feira (30).
O PEN (Partido Ecológico Nacional), que havia anunciado Denise Abreu como sua pré-candidata, decidiu apoiar a candidatura de Aécio e não terá nome nas urnas.
Pela lei eleitoral, as siglas têm até o próximo dia 5 (sábado) para fazer o registro de seus candidatos e as coligações no TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A partir de domingo, começa a campanha oficial e os candidatos ficam proibidos de inaugurar obras públicas. Ficam permitidas a propaganda eleitoral e a realização de comícios.
Dilma estreia site e diz que campanha será das mais ‘politizadas’ da história
A presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou em vídeo publicado neste domingo, na estreia do site oficial da campanha à reeleição, que a disputa eleitoral deste ano será uma das mais «politizadas» da história do Brasil e defendeu que a campanha seja de «alto nível».
Pelo calendário eleitoral, os candidatos estão autorizados a partir deste domingo a fazercampanhas, na rua e na internet. O candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos, participou de ato político na favela Sol Nascente, no Distrito Federal, a cerca de 35 quilômetros de Brasília, e conversou com moradores da localidade.
«Ao contrário do que pensam alguns, acho que esta vai ser uma das campanhas mais politizadas da nossa história. Espero que essa politização se dê em torno da discussão das grandes reformas que o Brasil precisa fazer para caminhar melhor e mais rápido», diz a presidente aos internautas.
No vídeo, que tem duração de três minutos, Dilma apresenta o site oficial da campanha e afirma que o espaço servirá para como ampliação dos «canais da democracia». Ela convida os internautas a participar de bate-papos ao vivo e afirma que deixará mensagens no portal.
Ao comentar as eleições deste ano, a presidente defende a disputa em «alto nível», com propostas e discussão de ideias entre os candidatos. Segundo ela, é preciso discutir as reformas que o Brasil precisa para o futuro e afirma que irá detalhar ao longo do período eleitoral suas propostas de governo.
«Hoje quero, especialmente, renovar meu compromisso de fazer uma campanha de alto nível, propositiva e com discussão de ideias. Para mim, essa campanha eleitoral é apenas uma etapa da luta incessante que nós no PT e partidos aliados estamos fazendo para mudar para melhor o Brasil», diz a presidente.
Registro da campanha
O advogado do PT Gustavo Severo protocolou neste sábado (5) o registro da candidatura à reeleição de Dilma na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília.
Na documentação entregue ao tribunal, o PT estimou em R$ 298 milhões o gasto máximo da campanha – o PSDB de Aécio Neves previu R$ 290 milhões e o PSB de Eduardo Campos, R$ 150 milhões.