Tras proclamación oficial de candidatura de Rousseff, el PTB se va a la oposición
PT oficializa Dilma como candidata à reeleição
A partir deste sábado, a presidente Dilma Rousseff é candidata à reeleição, formando chapa com o vice-presidente Michel Temer, segundo foi formalizado pelo Partido dos Trabalhadores (PT). O anúncio ocorre a quatro meses do pleito de outubro e contou com apoio do fiador da campanha, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Conforme definido pela cúpula petista, o tom da campanha adotado na convenção foi o de rivalizar o PT com o PSDB, deixando em posição coadjuvante Eduardo Campos, do PSB. Aécio Neves é visto como principal oponente e a partir de comparações a proposta do PT é comparar os 12 anos de gestão petistas (como se o governo de Lula e Dilma fosse um só) com os dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso.
“A verdade deve vencer a mentira e a desinformação”, disse a presidente e candidata petista, Dilma Rousseff. “O nosso projeto de futuro e as nossas realizações devem vencer aqueles cujas propostas é retomar o passado”, acrescentou.
Dilma mencionou seus programas-vitrine, como o Minha Casa, Minha Vida, o Bolsa Família e o Pronatec, além da política de valorização do salário mínimo e do enfrentamento à crise financeira internacional. A presidente não poupou críticas a governos anteriores, que ela chamou de “décadas perdidas”. “Eu não fui eleita para vender o patrimônio público, como fizeram no passado, nem para mendigar dinheiro do FMI (Fundo Monetário Internacional), porque não preciso”, disse.
A presidente pediu o apoio da militância para vencer. “Preciso do apoio dos brasileiros, especialmente desta grande militância. Nós precisamos ir às ruas, explicar o que fizemos e o que podemos fazer”, afirmou Dilma. “Campanha é pra isso. Campanha é um ato de explicar, é um ato de lembrar todo esse passado e presente de realizações.”
Dilma criticou as agressões que sofreu nos últimos dias. “Não agrido, mas também, não fico de joelhos para ninguém. Não perco meu tempo tendo ódio e rancor dos meus adversários, porque isso não traz mérito para ninguém. Até porque eu tenho muito mais o que fazer: um país para governar, um povo para emancipar.”
Em seu discurso, Lula incitou a militância petista a apoiar a candidatura de Dilma nas ruas. Ele sinalizou que que deseja que PT comande o País por mais 50 anos. “Eles que se preparem porque a partir de 2018 a gente pode querer mais quatro também. Quem sabe que a gente está disposto a fazer na (primeira) metade do século 21 a fazer o que eles não conseguiram na metade do século 19 e do século 20”, disse.
PTB deixa aliança com PT e acerta apoio com PSDB
Em demonstração de apoio à chapa Dilma-Temer, participaram da convenção os presidentes de legendas aliadas: PCdoB, PRB, PV, PSD, Pros e PDT. Chamou a atenção a ausência do PTB, que havia formalizado apoio a Dilma no mês passado. Insatisfeita com a pouca participação no governo Dilma, a legenda anunciou apoio com o principal rival de Dilma, o tucano Aécio Neves.
A baixa do PTB na aliança reduzirá o tempo de televisão na propaganda eleitoral obrigatória em 1 minuto e 15 segundos. Antes, Dilma previa pelo menos 11 minutos em cada bloco na televisão, contra 6 minutos, somados, de seus adversários.
Outra dúvida na aliança atual do governo para o segundo mandato é do PR. O partido ocupa hoje o Ministério dos Transportes, mas não apoia a manutenção do ministro César Borges no cargo. No primeiro ano de mandato de Dilma, o presidente do partido, que na época comandava a pasta dos Transportes, foi varrido do cargo após denúncias de corrupção.
Peemedebista, o vice-presidente Michel Temer disse ter sido uma honra ter participado da primeiro do primeiro mandato de Dilma, “porque foi um governo que deu certo”. Para ele, o tempo superior de propaganda “será pouco” para relatar os feitos do governo Dilma.
“Todos dizem que vamos ter um largo período de fala na televisão, mas vou dizer a vocês que por mais tempo que tivermos será pouco para dizer tudo o que a presidente Dilma fez ao País”, disse Temer à militância petista.
http://www.jb.com.br/pais/noticias/2014/06/21/pt-oficializa-dilma-como-candidata-a-reeleicao/
PTB rompe com Dilma e Aécio anuncia adesão do partido à sua candidatura
O PTB decidiu não apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff, depois de ter se comprometido com o PT e de, há um mês, ter oferecido um almoço, na sede do partido, em Brasília, para a presidente. Eles declararam que vão caminhar com o tucano Aécio Neves, também pré-candidato ao Planalto.
O presidente nacional do PTB, Benito Gama, telefonou na sexta-feira à noite para os ministros Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) e Aloizio Mercadante (Casa Civil) para informá-los da decisão. Eles insistiram para que a aliança não fosse desfeita, mas, diante dos problemas nos estados, principalmente em Roraima e Brasília, Gama disse não tinha condições — nem tempo hábil — de conter a insatisfação. O presidente da legenda fez uma sondagem por todo o país, e apenas em Alagoas e Pernambuco os diretórios votaram pela manutenção da aliança com os petistas.
— Eu avalizei tudo isso até agora, mas chegamos ao limite e contaminou a convenção. Mandei sondar o Brasil todo, e a convenção era majoritária para o Aécio. Os únicos setores do PTB que não apoiaram isso foram os de Pernambuco e Alagoas. O Collor tem apoio fechado com o PT — disse.
Segundo ele, a convenção nacional do PMDB, que decidiu, em uma votação apertada, por continuar ao lado de Dilma, contaminou o partido, que preferiu seguir com os tucanos. O Aezão, movimento no Rio de apoio a Aécio e ao governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), capitaneado por Jorge Picciani, presidente estadual do PMDB, também contou a favor do rompimento:
— A convenção do PMDB animou um pouco a gente, contaminou todo mundo. Esse projeto do Aezão no Rio também, o PTB do Rio vota no Pezão e no Aécio, então a maioria dos deputados estavam insatisfeitos com o palanque.
Benito Gama disse ainda que preferiu alertar logo os petistas para evitar um possível constrangimento da presidente Dilma, que, segundo ele, sempre foi correta com o partido:
— Até três semanas atrás, estávamos num viés de aprovação à presidente, ela sempre foi correta com o partido. Eu não ia deixar a presidente ir lá (na convenção) ou avisar na véspera, preferi fazer o anúncio hoje. Falei ontem à noite com o Berzoini e o Mercadante. Eles tentaram muito nos segurar, mas não tem mais tempo, temos cinco dias para a convenção. Faltou um pouco de coordenação — criticou o presidente, acrescentando que o ex-deputado Roberto Jefferson, condenado do mensalão que cumpre pena em presídio no Rio de Janeiro, não participou das discussões, mas já foi informado da posição do partido:
— Agora ele já sabe, mas ele não participou. Ele sempre me deixou tomar qualquer decisão que ele apoiaria, porque eu estou sentindo aqui fora o que está acontecendo.
Em nota, assinada por Gama, a legenda anunciou que integrará a aliança em favor do candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves.
“Hoje, mais uma vez sintonizada com o desejo de mudanças que vem sendo expressado pela ampla maioria do povo brasileiro, o PTB declara seu apoio ao senador Aécio Neves para as eleições presidenciais desse ano”, diz a nota. “Essa decisão atende o clamor da maioria da bancada federal e de estados, onde os conflitos locais entre PTB e PT ficaram insustentáveis, como, por exemplo, Distrito Federal, Roraima, Piauí e Rio de Janeiro”.
O PT foi surpreendido pela decisão do PTB. Na convenção nacional que vai referendar a indicação da presidente Dilma, neste sábado, ministros e deputados disseram que foram pegos de surpresa e que não estava no radar do governo e do partido perder tão perto do fim do prazo das coligações o apoio do PTB.
— O PT não cumpriu nada que prometeu. Só nos empurrou com a barriga — diz um dirigente do PTB.
A cúpula do PTB, comandada por Benito Gama, estava reunida desde quinta-feira, em Brasília, arquitetando a virada de mesa. Entre os motivos elencados pelos petebistas estão a falta de apoio do PT a dois senadores: João Vicente Claudino, que desistiu de concorrer à reeleição no Piauí porque os petistas vetaram seu nome, e Mozarildo Cavalcanti, em Roraima, que também esbarrou na falta de apoio do PT.
Em nota oficial, o senador João Vicente (PTB-PI) disse que a decisão, «abrupta» e «inexplicável», faz parte do lado obscuro da política. E completou: «o PTB do Piauí vota em Wellington Dias (PT) e Dilma, enquanto estivermos na política».
A cúpula petebista diz também que o Palácio do Planalto se comprometeu em bancar a indicação do senador Gim Argello para o TCU mesmo sabendo dos processo dele na Justiça. No entanto, diante da repercussão, os petebistas viram o Planalto lavar as mãos – o que foi qualificado pelo PTB como «uma sacanagem» e alimentou o desejo de migrar para a candidatura de Aécio Neves.
O tucano vinha mantendo conversas com Benito há meses. Nos últimos anos, ele também conversava sistematicamente com o ex-presidente da legenda Roberto Jefferson, preso por envolvimento no mensalão. Segundo petebistas, pesou na decisão, agora, a desidratação de Dilma e a relação difícil estabelecida com as bancadas do PTB no Congresso Nacional. Na maioria dos estados, a decisão foi um alívio porque havia muita resistência ao apoio à reeleição.
Questionado se haveria algum tipo de constrangimento em receber apoio de um mensaleiro, já que historicamente o PTB é comandado pelo ex-deputado federal Roberto Jefferson, condenado e preso no processo do mensalão, Aécio minimizou.
— É uma aliança de partido. Não cabe a mim fazer avaliações individuais — afirmou Aécio.
A convenção petista, que acontece neste sábado em Brasília, e está homologando a candidatura de Dilma Rousseff à presidência, foi alvo do tucano.
— Recebo informações de que na convenção do PT a palavra que mais se fala é mudança. Chego a conclusão que esse governo é tão ruim que até o PT quer mudar — afirmou Aécio.
As especulações sobre quem vai ser o vice na chapa do senador Aécio Neves ( PSDB) à presidência da República também marcou a convenção do Solidariedade, que confirmou o apoio aos tucanos. A aproximação entre PSDB e PSD conduzida nas últimas semanas por aliados de Aécio esfriou. Aumentou a especulação sobre o nome do ex-senador Tasso Jereissati caso os tucanos optem por uma chapa puro-sangue. O PSDB, disse Aécio, já acertou o apoio do PTB, que deverá fazer o anúncio oficial.
— Deixo para as lideranças do PTB se pronunciarem sobre isso – afirmou Aécio Neves, sem deixar de esconder o sorriso no rosto.
Segundo líderes do Solidariedade e de tucanos próximos a Aécio, a provável escolha de Márcio França (PSB) para vice do governador Geraldo Alckimin (PSDB) inviabilizou a aproximação com o PSD, que queria indicar o vice na chapa tucana ao governo paulista.
— Estávamos otimistas com a possibilidade de ter o PSD na nossa chapa, mas a escolha do PSB para a vice do Alckimin inviabilizou a aproximação — afirmou o presidente nacional do PSD, o deputado federal Paulinho da Força.
Apesar de ter declarado apoio público a presidente Dilma Rousseff (PT), o presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, vinha negociando o apoio da legenda aos tucanos nas últimas semanas.
— Mas ainda há chances — afirmou um tucano próximo a Aécio.
PSOL lança candidatura de Luciana Genro à Presidência da República
O PSOL lançou neste domingo a candidatura da ex-deputada federal Luciana Genro à Presidência propondo uma auditoria na dívida externa do país, a discussão sobre a descriminalização da maconha e uma reforma tributária para aumentar a taxação para os mais ricos.
Luciana assumiu a candidatura depois que o senador Randolfe Rodrigues (AP) desistiu da indicação. Ele havia sugerido que o deputado estadual Marcelo Freixo (RJ) o substituísse, mas este declinou do apoio e indicou Luciana como representante do partido na disputa. O nome dela foi aprovado por unanimidade dos presentes. No entanto, não compareceram à convenção nacional o próprio Randolfe e os deputados Ivan Valente (SP) e Jean Wyllys (RJ). Para Luciana, a ausência desses nomes não significa um racha na sigla.
– Temos divergências e embates, mas conseguimos uma vitória por unanimidade na escolha da chapa e do programa de governo. Estaremos unidos na campanha – afirmou.
Em seu discurso para os membros do PSOL que estiveram na convenção, em Brasília, Luciana disse que o partido quer ser a expressão dos protestos que ocorreram no país no ano passado. Militantes gritavam: «a voz de junho está presente, Luciana Genro presidente». Depois, em entrevista, ela amenizou a declaração, ao declarar que a legenda quer dar voz aos manifestantes.
– Seria muita pretensão dizer que seríamos a voz das manifestações, mas queremos dar vossas às pretensões.
Ela criticou os candidatos Dilma Rousseff (PT), Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), dizendo que os três representam projetos burgueses.
– O PSDB é um retrocesso ao neoliberalismo, o PT é o continuísmo do que está aí e o Eduardo Campos não sabe se quer retroceder; ele não é a terceira via -, atacou.
Para ela, os três oponentes irão fazer ajustes que acabarão prejudicando a maioria dos trabalhadores.
– Eles divergem na forma, mas têm unidade de pensamento de que é necessário descontar a conta nas cotas do povo.