Siguen las protestas y la huelga en el metro de San Pablo: Rousseff pide actuar “con civilidad”
Greve do metro de São Paulo entra no 5º dia
Três linhas do Metrô de São Paulo operam mais uma vez parcialmente nesta segunda-feira (09), no quinto dia de greve dos metroviários. As linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha em funcionam trechos intermediários.
Neste momento, a linha 1-Azul opera no trecho entre a estação Ana Rosa e Luz; a linha 2-Verde no trecho entre a estação Saúde e Vila Madalena; e a linha 3-Vermelha funciona no trecho que vai da estação Penha a Marechal Deodoro.
Já a Linha-5 Lilás opera normalmente desde as 4h50, em toda a extensão. A Linha-4 Amarela, operada pela Via Quatro, tem funcionamento normal desde o horário de abertura, às 4h40.
Lentidão
De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), às 12h, a capital paulista tinha 128 quilômetros de lentidão, índice mais uma vez bem maior que o esperado para o horário. Os piores trechos estão na Marginal Pinheiros, Marginal Tietê, e no corredor da avenida Aricanduva. O rodízio municipal de veículos está suspenso mais uma vez.
Confronto
Um grupo de manifestantes – formado por funcionários do Metrô que estão paralisados, integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto e outros movimentos sociais –entrou em confronto com a Tropa de Choque da Policia Militar de São Paulo em frente à estação Ana Rosa. Houve disparo de bombas de efeito moral e a avenida Vergueiro foi fechada.
Para os usuários do Metrô, as alternativas
são os ônibus da SPTrans, que funcionam em esquema especial; e os trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), que funcionam normalmente.
A greve e decisão da Justiça
A assembleia dos metroviários realizada neste domingo (08) decidiu manter a paralisação, contrariando decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de São Paulo que determinou a ilegalidade do movimento e o fim da greve.
Altino de Melo Prazeres Júnior, presidente do sindicato da categoria, disse que a proposta oferecida pelo governo estadual, a mesma da Justiça – 8,7% de aumento sobre os salários em 30 abril deste ano, que considera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), além de 3,5% de aumento real – é insuficiente. O sindicato deve recorrer da decisão.
Altino disse ainda que o sindicato não tem intenção de prejudicar a Copa do Mundo – a abertura do evento ocorre daqui três dias na capital paulista. “O sindicato não quer acabar com a Copa. Sou torcedor de futebol e vou torcer pelo Brasil. Mas tem que ter dinheiro também para o trabalhador, não pode gastar só com o Itaquerão, só com grandes obras”, declarou.
O presidente do sindicato comentou ainda sobre a possibilidade de demissões. “Se tiver demissão, a situação vai piorar, porque nós vamos aumentar a greve. Se demitir vamos ficar mais dias em greve. Eu espero que a gente volte. Se o governador buscar uma negociação, a gente sai desse impasse”, disse ele. Segundo o sindicato, uma nova assembleia da categoria foi marcada para hoje, às 13h.
Dilma diz que brasileiros receberão Copa do Mundo com “alegria e civilidade”
A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (8), em Belo Horizonte, ter certeza de que os brasileiros receberão os visitantes que virão ao país para a Copa do Mundo de forma “calorosa, humana e respeitosa”. Em discurso na capital mineira, que será palco de seis partidas durante o Mundial, a presidenta disse que o Brasil vai mostrar “alegria e civilidade” no megaevento.
“Quando visitamos outros países [em copas do Mundo], fomos muito bem recebidos. Tenho certeza de que o que o turista vai levar aqui de Belo Horizonte, no seu coração, vai ser essa recepção calorosa, humana, respeitosa, que os mineiros e os belo-horizontinos são capazes de dar”, disse. “Tenho certeza que nós vamos mostrar um evento de alegria, de força e de civilidade do Brasil”, acrescentou.
Apesar das recorrentes manifestações contra a realização do Mundial, a presidenta voltou a dizer que a Copa será uma festa e defendeu o direito de cada brasileiro de acompanhar e comemorar os resultados do Brasil na competição.
“Tenho certeza de que a Copa vai ser uma festa. E é fundamental que as pessoas, que são a maioria da população brasileira, tenham o direito de usufruir dessa grande festa que começa nesta semana que vem”. A abertura da Copa será na próxima quinta-feira (12), às 17h, na Arena Corinthians, na capital paulista.
Em Belo Horizonte, Dilma participou da cerimônia de inauguração do Centro de Controle de Operações do Tráfego, que auxiliará no controle do trânsito, e visitou uma estação do Bus Rapid Train (BRT) da capital próxima ao Estádio Mineirão. Segundo a presidenta, os investimentos nas obras foram acelerados por conta da Copa do Mundo e elas ficarão como legado para a cidade após o fim da competição.
“A Copa teve esse papel de acelerar essas obras. Mas não foram feitas para o uso exclusivo na Copa. Quando o turista for embora dessa cidade, não vai levar na mala nem o estádio, nem a obras do BRT feitas pelo prefeito Márcio [Lacerda], não vai levar nada disso. Isso vai ficar de legado para a população”, afirmou.
Dilma também participou do anúncio de doação de 19 ambulâncias para expansão do Serviço Atendimento Médico de Urgência (Samu) de Minas Gerais. Os veículos reforçarão o atendimento em Belo Horizonte durante a Copa e, após o evento, serão distribuídos a outros municípios
PM USA BOMBAS DE GÁS EM ATO DO MTST PELA GREVE
A tropa de choque da PM foi acionada para conter um ato organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) em apoio aos metroviários na estação Ana Rosa.
O grupo de sem-teto reuniu mais de 12 mil pessoas em torno do Itaquerão na última quarta-feira e prometia bloquear as vias de acesso ao estádio do Morumbi no dia do amistoso do Brasil contra a Sérvia.
Na nova manifestação, o sentido Jabaquara da Rua Vergueiro foi ocupado pelos policiais. Do outro lado, em direção à Paulista, os manifestantes se dispersaram entre os carros e usaram barricada com fogo. Trânsito foi liberado depois de algumas horas.
No início da manhã, apenas as linhas Lilás e Amarela operavam normalmente. De 65 estações, apenas 31 estão abertas. Cerca de 25 policiais também reforçaram a segurança da Estação Bresser-Mooca contra “possíveis consequências da greve”.
No Palácio dos Bandeirantes, a ordem dada pelo governador Geraldo Alckmin é endurecer com os grevistas. «A greve não está mais em discussão, pois ela já foi considerada abusiva e o percentual de dissídio já foi definido pela Justiça do Trabalho. O que está em jogo é o direito ao trabalho de 5 milhões de paulistanos que dependem do metrô», disse Alckmin. «O metroviário que não for trabalhar incorre na possibilidade de demissão por justa causa». A assessoria confirmou a ameaça do governador e cerca de 60 metroviários grevistas serão demitidos.