Brasil: a pesar de las protestas, hubo clima de festejo en la apertura del Mundial
Brasileiros vivem dia de tensão dentro e fora do campo
Desde 2007, quando o Brasil foi escolhido para sediar a Copa do Mundo, o país aguardava ansiosamente o dia de hoje. Agora, 64 anos depois de ter recebido o principal campeonato mundial de futebol pela primeira vez, a Copa voltaria aos gramados do lugar conhecido como o país do futebol. Mas nem só o futebol acelerou o coração dos brasileiros. Nos últimos anos, violações de direitos humanos, regras impostas pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) e gastos públicos com o evento passaram a ser questões discutidas em protestos de rua. Greves usaram a Copa para garantir visibilidade às reivindicações, e até ontem (11) havia dúvidas sobre quais categorias profissionais parariam ou não na Copa.
Entre expectativas e manifestações, começou o dia. Em São Paulo, palco da abertura da Copa, o protesto chamado Sem Direitos Não Vai Ter Copa, marcado pelas redes sociais, deu início à série de críticas à Copa, e acabou gerando problemas para quem ia ao aeroporto. A reação policial deixou várias pessoas feridas, dentre as quais jornalistas da rede americana CNN. Ainda pela manhã, quatro pessoas foram detidas, segundo a Polícia Militar (PM), que promete divulgar um balanço da operação amanhã (13).
Ainda na manhã desta quinta-feira, manifestantes ocuparam as ruas do centro do Rio de Janeiro. Eles exibiram cartazes contra a Fifa e as violações de direitos, e criticaram as prisões antecipadas que ocorreram ontem. Quando penduraram uma enorme faixa nos Arcos da Lapa, houve confronto com a polícia. Mais tarde, novo protesto reuniu centenas de pessoas que caminharam até a área da Fifa Fan Fest, próximo ao Leme. Os policiais chegaram a usar spray de pimenta para dispersar os manifestantes. Uma torcedora que estava em um bar acabou presa por ter arremessado uma cadeira contra um manifestante.
Em Belo Horizonte, o protesto começou em frente à prefeitura da cidade, às 12h. Duas horas depois, quando os movimentos sociais se aproximaram da Praça da Liberdade, onde está o relógio que marcou a contagem regressiva para o início da Copa, também houve confronto. Policiais e manifestantes divergem sobre o início deles. No fim, 11 adultos foram detidos e um adolescente foi apreendido. Um repórter fotográfico da Agência Reuters sofreu traumatismo craniano, após ter sido atingido por um objeto ainda não identificado.
Os militantes, que protestavam para denunciar remoções de populações, o despejo de moradores de rua e a perda do local de trabalho dos feirantes do Mineirinho, denunciaram a violência da polícia. Já esta afirmou, em nota, que houve depredação de patrimônio público e privado e porte de arma branca.
Em Porto Alegre, as manifestações se dividiram em dois atos. O primeiro começou por volta das 12h. Uma passeata pacífica seguiu até o Largo Zumbi dos Palmares, no bairro Cidade Baixa. No caminho, os militantes conversavam com a população e mostravam as pautas do protesto. Em seguida, um grupo seguiu para a Fifa Fan Fest bradando mensagens contra a Fifa, e no caminho os manifestantes quebraram vidraças de bancos e de um restaurante do McDonald’s – um dos patrocinadores da Copa. A PM dispersou os manifestantes por volta das 17h.
No Distrito Federal, a manifestação ocorreu em Taguatinga, onde ocorre a Fifa Fan Fest. Os militantes entraram em confronto com a polícia quando tentaram se aproximar da área limitada pela Fifa. Duas pessoas foram detidas. Depois de terem sido impedidos de se aproximar da Fifa Fan Fest, os manifestantes foram até a estação de metrô da Praça do Relógio, na tentativa de fazer um «catracaço» – quando os usuários pulam as catracas e entram nos trens sem pagar, em protesto por tarifa zero e um novo modelo de transporte público.
Em Fortaleza, movimentos sociais e ativistas participaram do ato convocado pelo Comitê Popular da Copa, na Praia de Iracema. Eles seguiram até o local da Fifa Fan Fest, portando cartazes e faixas que questionavam o legado da Copa. Na cidade, os movimentos criticam a remoção de famílias, por causa das obras para o Mundial, e o aumento do turismo sexual.
Curitiba, Salvador e Recife também registraram protestos hoje. Na capital pernambucana, cerca de 100 pessoas discutiram violações de direitos humanos e o que querem para a própria cidade, em atividade que aconteceu no Cais José Estelita, na região histórica da cidade, que está ocupada há 21dias por cerca de 40 pessoas que querem impedir que o local seja demolido para a construção de edifícios, como parte do projeto Novo Recife.
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2014-06/dia-de-tensao-dentro-e-fora-dos-campos
Apesar de protestos, clima de torcida toma conta do país
A Copa do Mundo 2014 teve sua abertura nesta quinta-feira (12) com protestos marcados em diversas cidades brasileiras, em um cenário de ruas, carros e torcedores vestidos com as cores de suas seleções de futebol favoritas. Torcendo ou não pelos jogadores do país, brasileiros se preparam para assistir às partidas, em casa, nos estádios ou nos telões montados nas ruas. A incerteza sobre a realização do evento – com uns bradando «Não vai ter Copa» e outros «Vai ter Copa, sim», principalmente os que conseguiram os difíceis ingressos – deu lugar ao clima de festa. Nem os problemas apontados na infraestrutura nem as ameaças de paralisação do trânsito nas cidades-sede impediram o início da competição.
De acordo com o Ministério do Turismo, são 3,7 milhões de turistas, brasileiros e estrangeiros, no Brasil. Ao andar pelas ruas do Rio de Janeiro, por exemplo, não se tem dúvidas de que os estrangeiros chegaram – alguns barrados no aeroporto por complicações com a Justiça.
«Como diz o Felipão, chegou a hora. Chegou o momento que todos os brasileiros esperavam, principalmente nós, jogadores e comissão técnica. Espero que o dia de hoje passe rápido. Estou ansioso, mas ao mesmo tempo a felicidade é muito grande», declarou Neymar em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (12).
A presidente Dilma Rousseff, na noite de quarta (11), tratou de desejar boa sorte em conversa por telefone ao responsável pela seleção brasileira, Felipão. No perfil oficial do Twitter, a presidenta registrou que o povo brasileiro ama e confia na seleção, e usou as hashtags #CopadasCopas e #RumoAoHexa. Ela já havia enviado, no início da semana, uma carta à Seleção Brasileira de Futebol, citando uma “alegria nas pernas, ginga no corpo e improviso desconcertante”.
O papa Francisco, declarado um fã do esporte, também usou o Twitter na manhã desta quinta-feira (12) para aconselhar que todos aproveitem a Copa do Mundo no Brasil «com espírito de verdadeira fraternidade». Para o Pontífice, o futebol deve ser uma escola de construção para uma cultura do encontro, na permissão da paz e da harmonia entre as pessoas.
«Para jogar em equipe é necessário pensar, em primeiro lugar, no bem do grupo, não em si mesmo. Para vencer, é preciso superar o individualismo, o egoísmo, todas as formas de racismo, de intolerância e de instrumentalização da pessoa humana», escreveu o Pontífice.
A chegada dos jogadores estrangeiros também ajudou a animar mais a torcida no país. Cristiano Ronaldo foi o centro das atenções no treinamento aberto ao público realizado pela seleção portuguesa na manhã desta quinta no Estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, interior do estado de São Paulo. As dez mil pessoas que conseguiram ingressos estavam ali para ver o craque do Real Madrid.
A Copa do Mundo de 2014 teve a maior procura de ingressos registrada. As solicitações superaram em muito os 3 milhões disponibilizados para os 64 jogos do torneio. As 12 cidades-sede também terão a Fifa Fan Fest, espaços com grandes telões que passarão os jogos e onde a torcida poderá fazer a confraternização após as partidas. De acordo com a Fifa, haverá música ao vivo e seleção internacional de comidas e bebidas entre os jogos. Nas edições da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, e de 2010, na África do Sul, estima-se que 24 milhões de pessoas se reuniram nesses espaços. A entrada é gratuita.
Brasileiros realizaram protestos e atos anti-Copa em diversas cidades brasileiras, como Rio, Belo Horizonte e São Paulo. Na véspera, no Rio de Janeiro, ativistas foram levados a prestar depoimentos em relação às manifestações realizados desde o ano passado. No Rio, na manhã desta quinta, centenas de pessoas estenderam faixas contra a Copa e a favor da educação e da saúde. Entre elas destacavam-se «Fifa go home» e «Gari vale mais do que Neymar», «Copa sem povo, tô na rua de novo» e «30 dias virou R$ 30 bilhões», referindo-se ao gasto total com a Copa do Mundo.
Na maior das faixas, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) escreveu em inglês e português uma mensagem em favor da saúde, educação e cultura. O segundo protesto do dia, intitulado como «NÃO VAI TER COPA! FIFA GO HOME!», durante a tarde, em Copacabana, critica as remoções forçadas, os gastos excessivos com obras, a elitização dos estádios e a forte repressão aos protestos.
Manifestações contra a Copa terminam com 11 detidos no Rio
Pelo menos 11 pessoas foram detidas pela polícia durante dois protestos realizados nesta quinta-feira no Centro e em Copacabana, na Zona Sul. Entre os presos, está um casal de turistas levado para a delegacia, acusado de desacato e de ter atirado uma garrafa num manifestante. Até o início da noite, havia pelo menos cinco feridos, sendo quatro policiais e um manifestantes.
A confusão começou no Centro, quando cerca de mil pessoas fizeram um protesto em apoio aos professores em greve. O grupo, que saiu da Candelária no fim da manhã, chegou à Lapa, onde o clima esquentou, por volta das 13h30m. Segundo a assessoria da Polícia Militar, seis pessoas foram detidas e levadas para delegacias. Três PMs ficaram feridos e foram encaminhados para o hospital da corporação.
Durante a confusão, policiais usaram spray pimenta e dispararam balas de borracha contra os manifestantes. Um deles foi contido, e uma mulher que tentou soltá-lo foi cercada pelos PMs. Ela conseguiu escapar: correu, tirou a blusa e trocou de roupa em outro local.
TORCEDORES SÃO PROVOCADOS
Um novo protesto contra o Mundial, reunindo cerca de 300 pessoas, começou no início da tarde próximo à estação do metrô Cardeal Arcoverde, em Copacabana. Os manifestantes ocuparam a Rua Barata Ribeiro, que chegou a ser bloqueada na altura da Rua Rodolfo Dantas.
Por volta das 16h50m, eles chegaram à Avenida Atlântica, perto da arena da Fifa Fan Fest, onde milhares de torcedores esperavam para assistir ao jogo. Cerca de 200 PMs tentaram controlar a situação.
Uma pessoa foi detida por desacato. No protesto, os manifestantes carregavam bandeiras e faixas com os dizeres “Fifa go home”, “Gari vale mais que Neymar” e “Não vai ter Copa”. Também provocaram torcedores que assistiam ao jogo de estreia do Brasil.
O clima ficou tenso quando faltavam apenas cinco minutos para a partida terminar. Próximo ao Posto 4, na Avenida Atlântica, um PM foi atingido na cabeça por uma garrafa de vidro atirada por um manifestante, quando abordava uma pessoa para revista. Houve novo tumulto, e um manifestante foi detido.
Na altura do Posto 6, por volta das 20h, policiais do Batalhão de Choque tentaram revistar uma pessoa na areia, e nova correria começou. Nesse momento, Edvalber Santos, de 24 anos, ficou ferido ao levar uma pedrada na cabeça, sofrendo um corte no supercílio esquerdo. Durante a confusãoi, um objeto atingiu a vidraça do estúdio da TV inglesa ITV, montado no International Broadcast Center (IBC), centro de transmissão de emissoras internacionais na Copa do Mundo.
Depois disso, manifestantes voltaram a caminhar no sentido Leme. No Posto 5, houve bate-boca entre integrantes do grupo e uma turista num bar. Segundo testemunhas, ela jogou uma garrafa nos manifestantes. Quando a PM a deteve, seu acompanhante também foi preso, acusado de desacato.
Presidenta de Brasil almorzó con líderes mundiales que asistieron a la inauguración de Copa del mundo
La presidenta de Brasil, Dilma Rousseff almorzó este jueves con 11 jefes de Estado que fueron a Brasil para asistir a la inauguración del Mundial de fútbol, informó la agencia EBC.
También asistieron a la recepción el presidente de la FIFA, Joseph Blatter, y el secretario general de la ONU, Ban Ki-moon, quienes luego del almuerzo fueron al estadio Arena Corinthians, escenario de la fiesta inaugural.
Rousseff agradeció la presencia de los mandatarios y les instó que se unieran y buscaran «no solo la victoria de sus selecciones en la cancha, sino también la victoria de la paz y de la lucha contra la discriminación racial y a favor del respeto mutuo».
Estuvieron presentes el primer ministro croata, Zorán Milanovic, los presidentes de Chile, Michelle Bachelet; de Ecuador, Rafael Correa; del Surinam, Desiré Delano Bouterse; de Angola, José Eduardo dos Santos; y de Bolivia, Evo Morales.
También acudieron al evento el vicepresidente de Ghana, Khesi Amissah-arthur, el presidente de Paraguay, Horacio Cartes; y el de Gabón, Ali Bongo Odimba.