Brasil: Movimiento Sin Tierra y Movimiento Sin Techo realizarán acciones conjuntas en reclamo de viviendas

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Sem-teto e sem-terra farão ações conjuntas em São Paulo

O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) fará ações conjuntas com o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) hoje na cidade de São Paulo.

Uma das manifestações acontecerá hoje, às 9h, na estação Berrini da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), zona oeste da capital. Outras ações, porém, são mantidas em sigilo.

Às 15h, a presidente Dilma Rousseff vai inaugurar o Itaquerão, na zona leste, onde será iniciada a Copa do Mundo no dia 12 de junho.

O estádio fica a 4 km, em linha reta, da mais nova ocupação do MTST batizada de Copa do Povo. Cerca de 2.000 famílias sem-teto estão no local, segundo o movimento.

No final da tarde de ontem, a Justiça concedeu pedido de reintegração de posse do terreno, de cerca de 150 mil m². A retirada das famílias, no entanto, depende de uma definição da Polícia Militar.

Lideranças sem-teto pressionam os vereadores a incluir no texto do Plano Diretor uma emenda que viabilize a desapropriação do terreno, invadido no último final de semana, para construção de moradias.

O relator do plano, que define as diretrizes para o crescimento da cidade, Nabil Bonduki (PT), disse que deve estudar essa possibilidade. O texto final deve ser votado novamente até o final do mês.

ACAMPAMENTO

Cerca de mil integrantes do MST estão acampados em um ginásio cedido pela prefeitura no Butantã (zona oeste).

Eles chegaram ao local após caminhar por cerca de 34 km entre anteontem e ontem em cidades da Grande São Paulo.

De acordo com a prefeitura, os sem-terra têm autorização para ficar no ginásio até amanhã, quando eles farão um ato aberto no local.

Sem-terra e sem-teto têm relações estreitas e um histórico de apoio em protestos.

Recentemente, o ex-líder dos sem-terra José Rainha foi a um dos protestos dos sem-teto em frente à Câmara.

Um dos coordenadores do MST na Grande São Paulo, Luciano Carvalho, 39, disse à Folha que os grupos farão atos juntos.

«Estamos estudando quais ações seriam mais significativas. Nossa luta é contra a soberania da terra por poucos grupos, sem cumprir uma função social», afirmou.

Para ele, a proximidade da Copa do Mundo e das eleições cria uma «efervescência da luta de classes». «O grande vencedor desta Copa são as grandes corporações privadas. Enquanto estádios caríssimos são construídos, diversos setores sociais ficam estacionados», disse Carvalho.

http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/05/1451049-sem-teto-e-sem-terra-farao-acoes-conjuntas-em-sao-paulo.shtml

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