Rousseff juramentó a seis nuevos ministros de su gabinete

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Presidente Dilma Rousseff dá posse a seis novos ministros

Prosseguindo seu plano de reforma na Esplanada, a presidente Dilma Rousseff deu posse nesta segunda-feira a seis novos ministros de Estado. A troca de titulares abrange as pastas de Desenvolvimento Agrário, Cidades, Pesca e Aquicultura, Agricultura, Ciência e Tecnologia e Turismo.

A ausência sentida na cerimônia foi a do líder do PMDB na Câmara, Eduardo Cunha (RJ), pivô da crise do maior partido aliado com o governo federal. Para ele, as mudanças não amenizam as divergências com o Palácio do Planalto.

Com exceção do atual ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antônio Raupp, todos os ministros que desembarcam do governo federal neste momento concorrem a cargos eletivos no pleito de outubro. O substituto de Raupp será outro técnico, o reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Clelio Campolina Diniz.

Confira a dança das cadeiras do governo Dilma

«Cerimônias como essas são inerentes a todos os regimes democráticos seja qual for o governo», afirmou Dilma. «Em respeito à legislação eleitoral, ministros precisam deixar suas funções, quando assim o decidem, e submeter-se ao julgamento das urnas. Outros saem para enfrentar outras tarefas e funções. Desejo sorte e sabedoria em seus nobres desafios. Superamos dificuldades juntos e também alcançamos vitórias», disse a presidente na cerimônia.

«Vai ser um ano de muitas realizações na agropecuária, na agricultura familiar, no desenvolvimento da pesca, na mobilidade urbana, na pesquisa tecnológica e na pesquisa, no acolhimento profissional, ao mesmo tempo que (um ano de) uma calorosa boas-vindas aos turistas. Eles me ajudarão a fazer de 2014 um ano profícuo para o País», ressaltou.

Pepe Vargas (PT-RS) deixa o Ministério do Desenvolvimento Agrário para dar lugar ao ex-presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto – que já ocupou o cargo no primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. No Ministério das Cidades, a troca foi pacífica. Com aval do PP, a presidente substitui Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) por Gilberto Occhi. No Ministério da Pesca, sai Marcelo Crivela (PRB-RJ) e entra o senador Eduardo Lopes (PRB-RJ).

Dentre as cinco pastas comandadas pelo PMDB, houve trocas no Ministério da Agricultura, no qual a presidente adotou uma solução caseira e trocou Antônio Andrade (PMDB-MG) pelo atual secretário de Política Agrícola da pasta, Neri Geller.

A outra substituição ocorreu no Ministério do Turismo, do qual saiu o deputado Gastão Vieira (PMDB-MA) para disputar reeleição e entra Vinicius Nobre Lages, que era gerente da assessoria internacional do Sebrae e apadrinhado político do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Agradecimentos
Durante a solenidade, Dilma elencou os feitos de cada ex-ministro. Sobre Gastão Vieira, a presidente citou a modernização da gestão implementada o Ministério do Turismo. Ela agradeceu à Marco Antonio Raupp pelo estímulo à política de inovação no País quando esteve à frente do Ministério da Ciência e Tecnologia.

Sobre a gestão de Antônio Andrade na Agricultura, Dilma destacou o fato de ser ocorrido o maior Plano Safra da história. Em tom similar, ela elogiou Pepe Vargas pela condução do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Crivella por sua gestão no Ministério da Pesca e Aquicultura. A lista da presidente terminou com a administração de Ribeiro à frente do Ministério das Cidades, pasta que gere o programa habitacional Minha Casa Minha Vida – um dos carros chefes do governo Dilma.

«Deixamos de ser o País do futuro e esses brasileiros que aqui estão hoje são responsáveis por a gente estar construindo o Brasil no presente. O povo brasileiro é sábio e percebe muito bem quem está ao lado dele. Esses ministros que saem e que entram estão ao lado do povo brasileiro.»

Ministério da Integração Nacional
Até o fim da reforma, a presidente ainda terá de acomodar espaço para o partido aliado Pros, que deverá ficar com o Ministério da Integração Nacional. Apesar de já ter realizado outras mudanças ministeriais ao longo do seu mandato, Dilma sofre uma pressão maior agora porque a acomodação dos aliados será decisiva para a formação da sua chapa na corrida presidencial deste ano.

O principal foco de tensão com a base aliada é na Câmara dos Deputados, onde um bloco independente de partidos governistas ajudou a oposição a criar uma comissão externa para ir à Holanda acompanhar investigações que envolveriam a Petrobras. Deputados também provocaram o Planalto ao convocar quatro ministros e convidar outros seis para prestar esclarecimentos no Legislativo.

O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, entrou em campo para desarmar o chamado “blocão”. Os partidos PP, PDT e Pros, que chegaram a participar de reuniões dos descontentes, desembarcaram do grupo em meio à reforma ministerial.

Mercadante deve tentar pacificar a base para tentar evitar uma derrota na votação do Marco Civil da internet, tema de interesse da presidente Dilma Rousseff, prevista para amanhã.

 

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