Con la salida de varios ministros, Dilma Rousseff inició recambio de Gabinete
Dilma inicia reforma ministerial
A presidente Dilma Rousseff anunciou nesta quinta-feira (30/01) as primeiras mudanças no seu ministério. A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, deixarão seus cargos.
Para a chefia da Casa Civil, a presidente indicou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. O novo ministro da Saúde será o médico Arthur Chioro. O novo ministro da Educação será José Henrique Paim Fernandes, atual secretário-executivo do Ministério.
Quem assume o MEC é o secretário-executivo da pasta, José Henrique Paim. A manutenção de um nome já na equipe do ministério servirá para evitar mudanças bruscas ao longo de 2014. Por ser uma pasta expressiva tanto em orçamento quanto em visibilidade, Paim deve ficar no cargo até o fim deste ano, mas, em caso de reeleição de Dilma, um nome de mais peso político deverá comandar o ministério
A posse dos novos ministros será na segunda-feira, às 11 horas, no Palácio do Planalto. As transmissões ocorrerão nos seus respectivos ministérios na segunda-feira à tarde.
Derrotado na última eleição para o governo do Estado de São Paulo, Aloizio Mercadante vem aumentando seu espaço na gestão Dilma Rousseff. No início do mandato, ele foi nomeado ministro da Ciência e Tecnologia. Com a saída de Fernando Haddad para a campanha pela prefeitura de São Paulo, Mercadante chegou ao Ministério da Educação, de maior visibilidade e orçamento.
Embora fosse o mentor de várias decisões tomadas por Dilma, Mercadante atuava de forma velada, sob orientação da presidente, para não melindrar Gleisi Hoffmann e muito menos Ideli Salvatti. Foi ele quem aconselhou Dilma a propor um natimorto projeto de assembleia constituinte, no auge dos protestos que tomaram as ruas do país em junho de 2013.
Atuou também ao lado de Lula como conselheiro econômico nas eleições de 1994, quando aconselhou o candidato do PT a bater no Plano Real, que, segundo ele, não daria certo. Lula eleito em 2002, Mercadante passou ao largo de qualquer cargo na área econômica nos dois governos de Lula. O novo ministro da Casa Civil terá um árduo trabalho pela frente na relação do governo com o Congresso, ao mesmo tempo em que dará os palpites que achar convenientes na área econômica.
http://www.jb.com.br/pais/noticias/2014/01/30/dilma-inicia-reforma-ministerial/
Base Aliada defiende que Mercadante asuma articulación con el Congreso
Base aliada defende que Mercadante assuma articulação com CongressoParlamentares reclamam da atuação de Ideli Salvatti na articulação política.
Para deputados governistas, futuro chefe da Casa Civil tem ‘experiência’.
Líderes da base aliada na Câmara dos Deputados ouvidos pelo G1 defenderam que Aloizio Mercadante, indicado pelo Palácio do Planalto para comandar a Casa Civil, assuma o papel de articulação política com o Congresso, o que esvaziaria as funções da ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti. A ida de Mercadante do Ministério da Educação para a chefia da Casa Civil foi anunciada nesta quinta pela Presidência da República.
Diretamente ligada à presidente Dilma Rousseff, a Casa Civil é considerada pelos congressistas a mais estratégica das 39 pastas do primeiro escalão. No ano passado, a atual ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffman, assumiu algumas negociações com o Congresso, como na votação da MP dos Portos, medida que regulamentou a exploração do setor portuário brasileiro.
Mercadante assumiu papel de destaque no momento em que a presidente Dilma iniciou a estratégia de resposta às manifestações populares que tomaram as ruas do país em junho do ano passado. Na ocasião, foi atribuída a ele a ideia apresentada por Dilma de convocar uma Assembleia-Geral Constituinte para promover a reforma política.
A sugestão foi rejeitada pelo Congresso e criticada por membros do Judiciário. Depois desse episódio, o então ministro da Educação passou a participar das reuniões entre Dilma e líderes da base aliada na Câmara e no Senado, papel que, tipicamente, seria da Secretaria de Relações Institucionais. Em alguns desses encontros, Mercadante atuou como uma espécie de porta-voz do Planalto, relatando à imprensa detalhes sobre as negociações e ressaltando a posição do governo sobre os assuntos.
Mercadante também liderou, em agosto de 2013, as negociações para a análise do projeto que destinava recursos dos royalties do petróleo para a educação. O governo acabou parcialmente derrotado na votação, já que defendia que 100% das verbas fossem para a educação, mas o Congresso resolveu destinar 75% para o setor e os outros 25% para a área da saúde.
Para o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), líder do bloco PP-PROS, terceira maior bancada da Câmara, Mercadante deveria assumir de forma definitiva a articulação política com o Legislativo.
«O diálogo poderá fluir melhor com ele nesse papel. É uma pessoa experiente, já passou pela Câmara e pelo Senado, tem uma longa história de vida pública», afirmou ao G1.
Eduardo da Fonte destacou que o desempenho da atual titular da Secretaria de Relações Institucionais «deixa a desejar».
«Essa pasta, na minha opinião, deveria ser extinta e subordinada à Casa Civil. É importante um reposicionamento dessa pasta e que o ministro Mercadante tenha autonomia para gerir a comunicação com o Congresso», opinou.
Experiência na articulação
À frente da bancada do PDT, o deputado André Figueiredo (CE) também defendeu que Mercadante participe ativamente da interlocução com o Senado e com a Câmara. Para ele, o futuro ministro da Casa Civil pode «melhorar a comunicação» entre Executivo e Legislativo.
«Ele tem uma boa experiência e pode ser um bom canal de diálogo juntamente com a Secretaria de Relações Institucionais. Estamos na expectativa de que melhore a comunicação e de que ele faça parte disso», disse.
Já o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), afirmou que a ministra Gleisi Hoffmann já havia sido destacada por Dilma para dialogar com os parlamentares.
«Eu acho ótima a entrada do Mercadante na Casa Civil. Ele vem do parlamento, tem experiência, acho que só vai contribuir com o governo e com a relação com o Congresso. Agora, a Gleisi Hoffmann já estava assumindo este papel de participar da articulação política. Acho que o Mecadante vai dar continuidade a isso», disse ao G1.
Por meio de nota oficial, a Secretaria de Relações Institucionais informou que «não há motivos» para a pasta deixar de atuar em conjunto com outros ministérios.
«A Secretaria de Relações Institucionais e a Casa Civil, e todos os ministérios que compõem o governo federal, sempre tiveram atuação conjunta no Congresso Nacional, e não há motivos para que isso deixe de acontecer», enfatizou o comunicado.
Apoio a Ideli
Líder da bancada do PT, o deputado José Guimarães (CE) foi um dos poucos parlamentares ouvidos pelo G1 a defender a atuação de Ideli Salvatti, sua colega de partido. Apesar de dizer que «Mercadante será um grande articulador da gestão do governo», o parlamentar petista afirmou que o diálogo com os congressistas continuará a ser responsabilidade de Ideli.
«Ora, dizem que o Mercadante vai tomar o lugar do Guido <mantega, ministro=»» da=»» fazenda=»»>, ora dizem que vai ser o da Ideli. O Mercadante será a âncora que vai segurar o governo na disputa e consolidar os grandes projetos do governo», enfatizou.
Para Guimarães, «tudo que Ideli tocou deu certo». «Quem vai cuidar do diálogo com o Congresso é a Ideli. Ela vai cuidar da relação do Congresso como cuidou em 2013. Sou líder e sei o quanto ela trabalhou pela viabilização de projetos. A Ideli teve sucesso na sua coordenação pública, não é correto dizer que foi fraca», disse o líder do PT.
Questionado sobre o desempenho de Ideli Salvatti junto ao Legislativo, o líder do governo no Congresso, senador José Pimentel (PT-CE), ponderou que, apesar de o governo ter enfrentado no último ano temas com grande dificuldade de aprovação, a maioria dos projetos de interesse do Planalto estão sendo aprovados.
«A melhor forma que você tem para avaliar uma liderança é o resultado ali apresentado. E o resultado é extremamente satisfatório. Terminamos 2013 com a votação da LDO, com a alteração do plano plurianual e com a votação do orçamento», destacou.
Oposição
O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), criticou a ida de Mercadante para a Casa Civil e disse que a «dupla Mercadante-Ideli» será «desastrosa» para o diálogo na Câmara.
«Isso aí não ganha jogo em lugar nenhum do mundo. São duas pessoas que a história pregressa mostra que são desagregadoras. Mercadante e Ideli juntos formam a dupla dos aloprados, dupla do barulho, que não vai a lugar nenhum», disparou.
Já para o líder do PPS, Rubens Bueno (PR), a transferência de Mercadante para a Casa Civil não altera a relação do governo com o Congresso. No entanto, o parlamentar de oposição diz acreditar que, independentemente da reforma ministerial, a tendência é que a articulação entre os dois poderes piore.
«Não sei se a ida do Mercadante para a Casa Civil melhora a relação do governo com o Congresso. Já temos muito problemas nessa relação, e acredito que isso tende a se agravar pela inoperância de um ministério que não existe do ponto de vista do poder e da decisão política», disse Bueno.
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