Movimientos populares de Brasil comenzaron semana de lucha por el transporte público
Movimentos fazem ‘semana de lutas’ pelo transporte público em São Paulo
Começou na madrugada de ontem (21), com uma manifestação no bairro do M’Boi Mirim, na zona sul de São Paulo, a “Semana de Luta por Transporte Público” na capital. Organizada pelo Movimento Passe Livre (MPL) em conjunto com coletivos regionais da cidade, a jornada tem protestos marcados para quarta (23) e quinta-feiras (24). E será encerrada com uma passeata pelo centro, na sexta-feira (25), com concentração no Teatro Municipal, às 17h.
“Desde 2005, fazemos manifestações em todo país na semana do 26 de outubro para marcar essa data como uma ocasião de luta por um transporte verdadeiramente público, sem tarifa e gerido sob controle popular”, afirma o MPL, em nota, lembrando que a data remete à «Revolta da Catraca», mobilização contra o aumento da tarifa em Florianópolis, em 2004, que está nas origens do movimento.
O mote principal da Semana de Lutas e do protesto que será realizado no centro de São Paulo é a tarifa zero. Ao longo da semana, porém, as manifestações terão outros alvos.
O ato de ontem (21) interditou a Estrada do M’Boi Mirim, entre as 4h50 e as 9h. De acordo com a Agência Brasil, cerca de 300 manifestantes participaram do protesto, que pedia o retorno de linhas de ônibus que servem a região e teriam sido suspensas pela prefeitura. Eles pediam também a duplicação da Estrada do M’Boi Mirim.
Na quarta-feira (23), a passeata ocorre nos bairros de Grajaú, Varginha e Parelheiros, também na zona sul da capital. O movimento pede criação de linhas circulares entre os bairros com funcionamento 24 horas, volta das linhas diretas bairro-centro e construção das estações de trem nos terminais Varginha e Parelheiros. Atualmente, a malha ferroviária chega até o Grajaú.
O retorno das linhas que ligam os bairros até o centro também estão entre os motivos da passeata convocada para quinta-feira (24) no Campo Limpo, outro distrito da zona sul.
O MPL de São Paulo foi um dos responsáveis pelas manifestações de junho. O movimento, porém, se retirou da cabeça da mobilização logo depois da redução da tarifa do transporte público na cidade, que baixou de R$ 3,20 para R$ 3 no dia 20 daquele mês. Mas voltou a convocar manifestações pontualmente: por exemplo, contra o “sufoco” no Metrô e na CPTM depois das denúncias de formação de cartel no governo do estado.
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